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Uma menina de seis anos morreu, na madrugada de terça-feira, no Pronto Atendimento 24 horas no bairro Morumbi, em Foz do Iguaçu, por complicações cardio-pulmonares, minutos depois de ser medicada na unidade. Era o terceiro atendimento que a menina fazia na unidade na semana.

Michele Caroline dos Santos estava com diarréia, vômito e com sinais evidentes de desidratação. Porém, ela chegou andando, acompanhada pela mãe, Mônica Carla Ferreira, e foi atendida pelo clínico-geral Fernando Costa, que ministrou soro glicosado e medicamento intravenoso específico para diminuir náuseas. Minutos depois, a menina estava morta.

O irmão de Mônica e tio de Michele, Edson Carlos Ferreira, diz que houve negligência no atendimento no mini-hospital e também erro médico. "A menina já tinha ido com a mãe por causa da diarréia e saiu de lá com um xarope (Histamin). Mas a minha irmã percebeu uma certa reação alérgica e parou com o medicamento", relata. Outro médico trocou o remédio, mas os sintomas não desapareceram por completo. "A menina estava desidratada e a minha irmã voltou lá", continuou Ferreira. "O médico plantonista não fez um teste para verificar se a menina tinha alergia a um medicamento que ela nunca tomou", acusa.

Foi a mãe quem alertou a enfermeira e o médico que a menina estava desacordada. "Ele perguntou para a enfermeira o que tinha sido dado para Michele e ela afirmou que era soro e Plasil. Ao invés de tirar o medicamento, ele mandou abrir ainda mais o soro e Michele piorou", conta a mãe, que acompanhou todos os procedimentos médicos feitos para ressuscitar a filha. "Eles fizeram massagem, mas ela só piorava. Depois de um tempo, eles me avisaram que ela tinha morrido."

Afastamento

Em nota, a Secretaria de Saúde de Foz afirmou que foram tomados todos os cuidados para tentar reanimar a menina. O laudo da morte será divulgado em dez dias. Nesta quarta-feira pela manhã, a Secretaria de Saúde anunciou o afastamento do médico que atendeu Michele.

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