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As meninas encontradas mortas nesta terça-feira pela polícia de Palmeira, a 77 quilômetros de Curitiba, foram assassinadas por traficantes. Daiana Hartman Comin, de 14 anos, e Maria Helena Cordeiro, 11, teriam envolvimento com os criminosos, distribuindo drogas. Segundo informações apuradas pela reportagem da Gazeta do Povo, em uma das vendas as meninas não teriam repassado o dinheiro aos traficantes, sendo punidas com a morte na quinta-feira da semana passsada. O enterro das vítimas aconteceu nesta quinta, dia 22.

De acordo com a delegada Luciana Novaes Parolim, responsável pelo caso, cinco pessoas têm participação no crime. Três adultos foram presos, um adolescente apreendido e um outro fugiu. Os acusados podem responder por crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e formação de quadrilha se forem constatadas as participações.

Quem revelou que o caso não se tratava apenas de desaparecimento, como era tratado até um dia depois do sumiço, mas sim de assassinato foi Paulo Fernandes Machado, um dos envolvidos. Ele disse que Daiana e Maria Helena serviam como "mulas" e deviam entre R$ 500,00 e R$ 1 mil pelas vendas de entorpecentes. As vítimas foram atraídas para uma plantação de Pinus, na região rural, por dois homens. Os corpos, já sem vida, foram jogados em covas abertas previamente pelos assassinos.

Vizinhos contaram para a reportagem, durante o velório, que um dia antes de desaparecerem as meninas promoveram um lanche com alimentos incompatíveis com a renda de suas famílias. Alzira Hartman, avó de Daiana, duvida que a neta tenha envolvimento com o tráfico. Ela afirma que Daiana era estudiosa, tranqüila, não saía de casa e nunca teve atitudes suspeitas.

Segundo o coronel Jorge Costa Filho, coordenador do Narcodenúncia, o perfil das meninas não casa com o de jovens usados como mulas por traficantes. "Os adolescentes que foram pegos transportando drogas não tem referência na vida, vêm de famílias desestruturadas, já apresentam comportamento negativo", diz. De acordo com a reportagem, as adolescentes vinham de famílias estruturadas e nunca tiveram envolvimento com crime.

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