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Menos da metade das vítimas de roubo no Brasil (48,4%), em 2009, procurou a polícia para relatar ou registrar a ocorrência, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado foi divulgado nesta quarta-feira (15) e integra o suplemento "Características da Vitimização e do Acesso à Justiça no Brasil – 2009", da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Segundo o levantamento, entre as vítimas de furtos, 37,7% procuraram a polícia. Já os percentuais de registro de ocorrência policial em ambos os crimes foram próximos: roubo, 90,2%; e furto, 89,9%.

Dentre os motivos para 51,6% das vítimas não terem procurado a polícia após serem roubadas estão, principalmente, "não acreditar na polícia" (36,4%) e "não ter considerado importante recorrer à polícia" (23,1%). Já para as vítimas de furto que não procuraram a polícia os principais motivos apontados foram "falta de provas" (26,7%) e "não considerar importante procurar a polícia" (24,4%).

Entre 1988 e 2009, o percentual de pessoas de 10 anos ou mais de idade que informaram ter sofrido tentativa de roubo ou furto no país passou de 1,6% para 5,4%. No mesmo período, segundo o IBGE, também foi registrado aumento (de 5,4% para 7,4%) no percentual de pessoas de 10 anos ou mais de idade que foram vítimas de roubo ou furto. A pesquisa considera vítimas dos crimes no período de 27 de setembro de 2008 a 26 de setembro de 2009.Vítimas por região

De acordo com o IBGE, em 2009, a Região Norte registrou os maiores percentuais de vítimas de tentativa de roubo ou furto (9,9%) e de roubo (5,6%). Já a maior proporção de furtos foi registrada na Região Centro-Oeste, onde o crime atingiu 5,5% da população com 10 anos ou mais de idade.

As regiões Sudeste (6,7%) e Sul (6,8%) foram as que apresentaram os menores percentuais de vítimas de roubo ou furto. Na Região Sudeste, os percentuais de vítimas de roubo e de furto foram, respectivamente, 3,4% e 3,5%. Na Região Sul, a ocorrência de furto atingiu quase o dobro (4,6%) do verificado para as vítimas de roubo (2,5%).

No Nordeste, o percentual da população vítima de roubo ou furto foi de 7,5%, em 2009. Já as vítimas de roubo na região foram 4,3% e de furto, 3,5%,

A pesquisa revelou que o percentual de pessoas que residiam na área urbana, vítimas dos crimes em questão, foi superior ao observado entre aquelas que residiam na área rural. Entre os homens, o percentual de vítimas também foi superior ao observado entre as mulheres.

A pesquisa sobre vitimização e Justiça traça o perfil das vítimas de roubo, furto, agressão física e tentativa de furto ou roubo. Foram analisadas também a sensação de segurança e atitudes de prevenção à violência.

No Brasil, de acordo com o IBGE, os únicos dados produzidos em escala nacional que são avaliados continuamente são os registros policiais, obtidos de formas diferenciadas nas diversas Unidades da Federação, e os de saúde, que permitem, apesar de algumas limitações, evidenciar casos de homicídio e agressão física.

Objetos mais roubados

Telefones celulares e dinheiro, cartão de débito ou de crédito, ou cheque são os principais alvos de roubos e furtos no país. Entre os bens roubados com maior frequência, o telefone celular ocupa o primeiro lugar (54,2% das vítimas de roubos tiveram o celular levado), seguido de dinheiro, cartão de débito ou crédito ou cheque (54%) e documentos ou objetos pessoais (30%).

Entre os bens furtados, os que aparecem nos primeiros lugares da lista também são telefone celular (27,4%); dinheiro (28,4%); e documentos (22,7%). Em menor escala, em ambos os crimes, estão bicicleta (7,3% dos roubos e 12,7% dos furtos); carro (6,5% e 3,8%, respectivamente) e motocicleta (2% e 1,4%).

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