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Folha de papel datada de janeiro de 1932 fala de outra garrafa | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Folha de papel datada de janeiro de 1932 fala de outra garrafa| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

João Turin

Garrafa e esculturas farão parte de exposição

A estátua na qual foi encontrada a garrafa é apenas uma das obras feitas por Turin que fazem parte do patrimônio histórico da cidade. Integram a obra do artista espalhada pelas praças da capital a peça Luar do Sertão (a onça rugindo que fica na rotatória da Avenida Cândido de Abreu, ao lado da sede da prefeitura) e a escultura de uma águia na Praça Santos Andrade. Todas essas obras estão sendo revitalizadas pelo Ateliê João Turin e serão devolvidas aos espaços públicos. As peças farão parte de uma exposição, assim como a garrafa que será incorporada ao acervo do escultor, tendo em vista que a caligrafia do manuscrito indica que foi ele quem o escreveu.

Mistério da garrafa vira piada na web

A abertura da garrafa encontrada na Praça Tiradentes mobilizou a atenção dos internautas ontem. Somente no site da Gazeta do Povo, a reportagem sobre o tema teve mais de 32 mil acessos até as 19h30. Na página oficial da prefeitura de Curitiba no Facebook houve 1.185 curtidas e mais de 700 compartilhamentos do post que revela o conteú­do do manuscrito deixado dentro da garrafa. E houve até quem achou graça no assunto, parodiando o livro O Código da Vinci e o filme de mesmo nome estrelado pelo ator Tom Hanks (fotos 2 e 3) nas redes sociais.

  • Leitura da mensagem ocorreu no Ateliê João Turin

O mistério tinha tudo para acabar. Mas continua. O conteúdo do manuscrito guardado na garrafa encontrada sob a estátua do líder da Inconfidência Mineira, na Praça Tiradentes, no Centro de Curitiba, foi revelado na manhã de ontem e indicou a existência de uma segunda garrafa, cuja busca foi autorizada horas depois pelo prefeito Gustavo Fruet.

O primeiro objeto foi encontrado há seis dias, quando a estátua foi removida para restauração. Desde então, o assunto ecoou em rodas de bares e redes sociais. Ontem, no Atelier João Turin, em Almirante Tamandaré, na região metropolitana da capital, a abertura da garrafa reuniu oito cinegrafistas e mais de uma dúzia de repórteres.

Após 12 minutos, porém, um enigma se criou. "A ideia é buscar esse segundo objeto, mas precisaremos ter calma e estudar uma estratégia para preservar o patrimônio da cidade", disse Mauro Tietz, diretor de Patrimônio da Fundação Cultural de Curitiba, que ainda adiantou ter solicitado à Guarda Municipal apoio para preservar o local e evitar que curiosos tentem remover a garrafa.

De acordo com o texto do manuscrito, a nova garrafa está distante 35 metros a oeste do local atual da estátua de Tiradentes. Isso porque ela foi encontrada enterrada sob a posição original da escultura – instalada na praça em abril de 1927 e deslocada cinco anos depois. O texto diz ainda que ela guarda um exemplar do jornal O Dia e moedas de cobre e níquel.

Para o historiador Luiz Ribeiro, da Universidade Federal do Paraná, os objetos aparentemente foram colocados ali para marcar um tempo, mas a prática não é recorrente na história. "Isso não era uma prática comum. Parece mais uma invenção de alguém daquela época. Mas os objetos [jornal e moedas] são uma clara referência para marcar uma época", diz.

Nas redes sociais, internautas que se arriscaram com palpites sobre o conteúdo da primeira garrafa pareceram não mostrar frustração com o novo mistério e ainda indicaram uma possível "caça ao tesouro".

Brincalhão

Agora começam as apostas para saber se o conteúdo da segunda garrafa se resume a um jornal e moedas. Mas Maurício Appel, coordenador do Instituto João Turin, é cético sobre novas surpresas. "Antes de abrir [esta primeira garrafa] eu imaginava que fosse alguma brincadeira. O João era um grande brincalhão e ele poderia nos pregar uma peça. Mas [na outra garrafa] deve ter apenas documentos oficiais, assim como essa primeira."

O mistério da garrafa da Praça Tiradentes continua

O conteúdo da garrafa enterrada há 85 anos sob a estátua do líder da Inconfidência Mineira, no marco zero de Curitiba, revelou a existência de uma segunda garrafa na mesma praça Tiradentes.

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