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São Paulo – Os eleitores brasileiros deram nada menos que 1,14 milhão de votos para candidatos a deputado federal envolvidos com o chamado escândalo do mensalão. Esses votos foram distribuídos pelos 13 candidatos citados no parecer do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da CPI dos Correios, como tendo alguma acusação de envolvimento com o caso.

Apenas quatro postulantes desse grupo não conseguiram se eleger no último domingo para a Câmara dos Deputados, com outros nove garantindo o mandato parlamentar. A média dá cerca de 88 mil votos por mensaleiro.

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) foi o campeão de votos entre os acusados. Conseguiu 177.056 votos, sendo o 15º mais votado em São Paulo. Os eleitores locais ainda deram mandato para outros quatro políticos paulistas. José Mentor (PT) José Genoino (PT), Valdemar Costa Neto (PL) e Vadão Gomes (PP), todos incluídos no relatório, também garantiram suas vagas. Apenas o deputado Professor Luizinho (PT) fracassou na tentativa de reeleição. Os eleitores paulistas confiaram cerca de 622 mil votos aos mensaleiros.

Em Minas Gerais, João Magno (PT) e Romeu Queirós (PTB) arrancaram juntos 91 mil votos dos eleitores. Pouco para garantir uma cadeira no Congresso. Os baianos também rejeitaram a candidatura de Josias Gomes (PT). Ele foi o 49º colocado, com 42.771 votos.

No Ceará, a novidade é a eleição de José Nobre Guimarães (PT), irmão de Genoino e envolvido no episódio em que dinheiro foi apreendido na cueca de seu assessor José Adalberto Vieira da Silva.

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