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Cristiana, 31 anos, nome fictício, uma filha, é o símbolo da massa carcerária da Penitenciária Feminina do Paraná, onde a maioria das detentas cumpre pena ou aguarda julgamento por tráfico de drogas, um crime hediondo. Ela completou um ano e três meses de uma pena de 8 anos. Foi condenada após a polícia encontrar 95 gramas de crack na sua casa. A droga seria do cunhado. Ela é mais uma das mulheres condenadas por tráfico pelas mãos de parentes (marido, filho, cunhados). "Estou recorrendo. Não sou traficante, apesar do flagrante", diz.

A decisão do STF significa esperança para Cristiana e para outras 145 presas que cumprem pena por tráfico na unidade – um grupo que soma 59,1% das condenadas na prisão feminina de Piraquara. Cristiana poderá entrar com pedido de progressão este mês, quando completa um sexto de execução penal.

Já Maria, 47 anos, nome fictício, três filhas, foi condenada a 17 anos e 2 meses por mandar matar o marido. Já cumpriu oito anos. É primária, tem bom comportamento, trabalha e estuda. Teria de aguardar mais cerca de três anos para ter direito à liberdade condicional. Com a decisão do Supremo, Maria já pode pleitear a transferência da penitenciária feminina de Piraquara para a de Curitiba, onde o regime é semiaberto. "Meu marido tentou abusar da minha filha mais velha (14 anos na época). Foi a minha mãe que mandou matá-lo e eu assumi o crime para que ela não fosse para a cadeia. Mereço uma nova chance para voltar a viver com a minha família", diz .

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