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Apesar da abertura de 17 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) – ocorrida há apenas um mês – o problema da falta de vagas persiste em Londrina. Ontem, somente no Hospital Universitário (HU) da cidade, seis pessoas aguardavam por leitos. Um dos casos mais críticos era o de um homem que permanecia na enfermaria do HU desde a noite de quinta-feira. Ele teve uma perna amputada, estava com pneumonia e quadro de infecção generalizada.

Outra paciente teve complicações no pós-operatório de uma cirurgia de tumor cerebral e também aguardava vaga de leito intensivo. Havia ainda um caso de cardiopatia grave e outro de paciente com tuberculose – ele foi isolado na sala de emergência na última terça-feira.

"A pessoa recebe o tratamento, mas o local é improvisado e não tem toda a estrutura da UTI. Não tem o intensivista, por exemplo. Nessas condições o risco de infecção hospitalar aumenta", alertou o vereador Tercílio Turini (PPS), que é médico do hospital e estava de plantão ontem de manhã.

O HU possui 17 leitos de UTI adulto. Com todas as vagas preenchidas, os pacientes que precisam de cuidados intensivos são colocados em locais que devem ter rotatividade, como a enfermaria. Dessa forma, outro paciente que está no pronto-socorro e precisaria ir para a enfermaria não pode ser transferido. Com isso, também aumenta o tempo de espera para quem aguarda por atendimento do lado de fora do hospital.

Auditorias

Dos 17 novos leitos instalados em Londrina no começo de fevereiro, oito foram para a Santa Casa e nove para o Hospital Evangélico. No total, Londrina tem 111 vagas de UTI. Na Santa Casa, os 36 leitos de UTI estavam ocupados ontem à tarde, além de dois pacientes que permaneciam em leitos extras na sala de emergência, aguardando liberação de vaga de UTI.

A chefe da 17.ª Regional de Saúde, Vânia Gutierrez, disse ontem que parte dos 111 leitos de Londrina destinados a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) está sendo utilizada por particulares. O problema foi identificado nas auditorias que a regional tem feito nos hospitais da cidade, duas vezes ao dia. Para tentar reverter a situação, a regional convocou para a próxima terça-feira uma reunião entre prestadores (hospitais), Ministério Público e Secretaria Municipal de Saúde. "Vamos discutir porque o governo do estado não tem medido esforços para equipar as UTIs e aumentar a oferta e a gente continua sempre na mesma situação", declarou.

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