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Rio de Janeiro – O pré-candidato do PMDB à Presidência da República, Anthony Garotinho, afirmou ontem que está abatido com a greve de fome que começou domingo, mas disse que pode levar seu "protesto" contra a cobertura da imprensa até as últimas conseqüências. "Estou disposto a fazer greve de fome mesmo que seja até a morte. Quem vai me julgar é Deus", disse ele, que conversou com jornalistas da imprensa estrangeira.

Garotinho está instalado na sede do PMDB no Rio de Janeiro. Segundo o último boletim médico, ele já perdeu 1,3 kg e está com 88,6 kg, mas sem apresentar quadro de febre ou maiores complicações médicas. O ex-governador se diz "abatido", mas afirma estar mais preocupado com a "honra" do que com a candidatura.

Ele se recusa a falar com os jornalistas brasileiros e diz que sua greve é uma forma de protesto contra o que chama de "campanha mentirosa e sórdida", que tenta "desconstruir" sua "imagem como administrador, homem público", além de ridicularizar suas "posições cristãs e éticas".

Durante a entrevista à imprensa internacional, ele disse que é vítima de um "complô" porque representa uma alternativa de "ruptura com o sistema neoliberal".

O presidenciável do PMDB afirma que somente suspende seu "protesto" sob duas condições: a supervisão internacional das eleições brasileiras e a cessão de espaço em veículos de comunicação para que "a população possa conhecer a verdade dos fatos".

Nesse período, o ex-governador é acompanhado por um médico, além de receber visitas freqüentes de sua família, amigos e políticos. Ontem, a filha mais velha, Clarissa, e a mãe, dona Samira, visitaram Garotinho. Na segunda-feira, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) e o prefeito de Goiânia Iris Resende ligaram para falar com o ex-governador. Até a tarde de ontem, o livro de presença na sede regional do PMDB registrava 130 pessoas.

A governadora Rosinha Matheus saudou ontem os cerca de 200 manifestantes pró-Garotinho que se aglomeravam na Avenida Almirante Barroso, no centro do Rio. Com megafone, a governadora voltou a criticar as Organizações Globo que, segundo ela, não dão direito de resposta a seu marido. A governadora disse que a decisão de Garotinho de fazer greve de fome é um caminho sem volta e solicitou apoio dos manifestantes.

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