Metade dos motoristas de Curitiba sente calafrios quando ouve falar em pedágio urbano. É do curitibano o maior índice brasileiro de rejeição a esta alternativa para descongestionar o trânsito nas grandes cidades. Maior até do que o paulistano, que já enfrenta o rodízio de placas. A insatisfação foi medida semana passada pelo instituto Synovate Brasil a pedido da Associação Brasileira de Monitoramento e Controle Eletrônico de Trânsito (Abramcet), que, entre outras, reúne empresas de radar. Foram ouvidos 1,5 mil motoristas de Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Salvador e Fortaleza.
A sondagem ouviu 100 motoristas na capital paranaense. Desses, 64% nunca tinham ouvido falar de pedágio em centros urbanos. Mesmo assim, uma parcela destes se juntou ao coro dos insatisfeitos. Dos curitibanos entrevistados, 23% acham o sistema ruim e 27%, péssimo. Entre os paulistanos, a soma deu 48%. Os motivos, no entanto, são bem diferentes. Curitiba rejeita o pedágio por existir opções satisfatórias de transporte público no Centro, enquanto em São Paulo a reprovação se dá porque o paulistano não pode prescindir do transporte individual para chegar ao centro, daí não querer mais uma despesa.
No conjunto da pesquisa, que inclui ainda o interior do estado de São Paulo, 62% dos entrevistados desconhecem a proposta do pedágio urbano e 36% não vêem nenhum benefício no sistema. A medida é positiva para 34% deles, enquanto na média nacional, 43% são contrários a ela. Outros 23% mostraram-se indiferentes à medida. Apenas 3% dos brasileiros acredita que o pedágio urbano induziria ao uso do transporte público. Este é o mesmo porcentual daqueles que vêem o sistema como um aumento da intromissão do estado na vida privada dos cidadãos.
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