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Revisão

Comissão é para preencher lacunas no projeto, diz prefeitura

De acordo com a gestão do prefeito Gustavo Fruet (PDT), a Comissão de Revisão do Projeto do Metrô foi criada após serem detectadas lacunas no projeto anterior do metrô, iniciado ainda na gestão Luciano Ducci. A principal delas diz respeito ao método construtivo que será utilizado na obra, cujo custo chegará a R$ 3 bilhões de acordo com novo estudo. No planejamento inicial, previa-se utilizar exclusivamente o Cut and Cover (túnel mais raso em um sistema em que se escava e se cobre) e NATM (túnel escavado próximo à superfície). Esses modelos, no entanto, são pouco indicados para longos trechos e têm grande impacto em áreas urbanas.

Agora, a prefeitura prevê um projeto no qual sejam mesclados modelos construtivos de acordo com a necessidade de cada trecho da linha. Nesse caso, o maior trecho da obra seria realizado pelo modelo Shield – que utiliza uma máquina de escavação conhecida por "tatuzão".

Apesar de mais caro, o Shield praticamente não interfere na superfície, é mais rápido e apropriado para longas escavações. As linhas Lilás e Laranja do Metrô de São Paulo, por exemplo, terão mais de 80% de suas extensões escavadas por esse método.

O projeto do metrô de Curitiba deverá custar mais de R$ 3 bilhões – pelo menos 28% a mais do que o previsto pela gestão do ex-prefeito Luciano Ducci. A nova estimativa foi apresentada ontem, pelo secretário municipal de Gestão e Planejamento, Fábio Scatolin, durante simpósio organizado pelo CREA-PR. Para bancar o custo adicional, a administração do prefeito Gustavo Fruet não nega que poderá buscar novos recursos federais para a obra.

"O preço será algo próximo da Linha Lilás de São Paulo. Estamos estimando algo em torno de R$ 3 bilhões para a primeira fase. Mas não tenho dados precisos ainda, pois isso é o mercado quem vai dizer", afirmou Scatolin.

INFOGRÁFICO: Métodos de construção do metrô

A primeira fase do projeto do metrô de Curitiba, que ligaria o CIC Sul à futura Estação Rua das Flores, estava orçada em 2,34 bilhões. Esse valor será dividido entre os governos federal e estadual (R$ 1 bilhão e R$ 300 milhões), prefeitura (R$ 82 milhões) e iniciativa privada (R$ 949 milhões). O acréscimo estimado pela prefeitura poderá ser buscado junto ao governo federal.

"Após os protestos, houve o anúncio da presidente de mais investimentos em mobilidade urbana. Não posso afirmar onde especificamente esse dinheiro será utilizado, mas o prefeito está atento e esperamos algo para projetos de metrô", afirmou o secretário.

O novo custo ainda será confirmado pela Comissão de Revisão do Projeto do Metrô de Curitiba, que receberá até o próximo dia 12 de agosto Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI) – instrumento é previsto pela Lei de Parceria Público Privada (PPP) e pelo qual as empresas manifestarão desejo em participar da concorrência.

Até o momento, nenhum projeto foi apresentado. Scatolin garante que isso não é um problema. "A ideia é receber ao final, não no meio do caminho. Quero, pelo menos, um projeto, que precisará ser bem feito para nos capacitarmos em direção à licitação", afirmou.

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