• Carregando...

As empreiteiras que a princípio se interessaram e compraram o edital para a concorrência pública do projeto do metrô em Curitiba estão reclamando do preço baixo. Segundo representantes de algumas das 44 empreiteiras que a princípio estariam interessadas, o preço oferecido não poderia ser inferior a R$ 7 milhões e tem quem fale em até R$ 30 milhões. A prefeitura de Curitiba já cancelou o primeiro edital e a pedido do prefeito Beto Richa fará uma revisão completa em todo o edital. A informação está em reportagem da edição desta terça-feira da Gazeta do Povo.

A concorrência pública, no valor de R$ 2.087.000, dava prazo de 220 dias para a elaboração do projeto. O prazo para a apresentação das propostas terminou às 15 horas de quinta-feira passada, mas nenhuma das 44 empresas que compraram o edital compareceu.

A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com 10 das 44 empresas que demonstraram interesse na obra. Três delas preferiram não comentar o assunto. Outras cinco informaram que os diretores não poderiam falar por estarem viajando ou em reunião. Engenheiros e consultores das outras três empreiteiras, no entanto, afirmaram que o valor proposto pelo projeto básico teria ficado muito abaixo dos praticados no mercado. "O preço foi subestimado", afirma um consultor que pediu para não ter o nome revelado.

Um engenheiro de outra empreiteira disse que um projeto semelhante não poderia ser orçado em menos de R$ 7 milhões ou R$ 8 milhões.

De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Ar-quitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), com sede em São Paulo, em qualquer obra o custo de um projeto básico deve ser de 2% do valor total do empreendimento. A estimativa do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) é de que as obras do metrô custem cerca de R$ 1,5 bilhão. Ou seja, seguindo o cálculo do Sinaenco, o projeto básico custaria aproximadamente R$ 30 milhões.

O presidente do Ippuc, Augusto Canto Neto, acha o valor de R$ 30 milhões absurdo. "O projeto executivo pode custar isso. Vem tudo discriminado. Mas o básico é um projeto simples."

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ippuc informa que o custo foi dividido em três. A empreiteira contratada elaboraria o projeto básico, o Ippuc o projeto arquitetônico e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), do governo federal, o estudo da viabilidade econômica.

Segundo Canto, existe a possibilidade de as três partes serem ofertadas à iniciativa privada, o que resultaria em reajuste no valor. "Morreu esse edital", definiu o presidente do Ippuc.

Leia a reportagem completa no site da versão impressa da Gazeta do Povo, conteúdo exclusivo para assinantes

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]