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Na rodoviária de Ouro Preto um deslizamento matou um taxista | Carlos Rhienck/Jornal Hoje em Dia
Na rodoviária de Ouro Preto um deslizamento matou um taxista| Foto: Carlos Rhienck/Jornal Hoje em Dia

Belo Horizonte - O ano começou de forma trágica em Minas Gerais por causa da chuva forte que atinge o estado desde o fim de 2011 e já levou 52 municípios, incluindo a capital, a decretarem situação de emergência, além de causar seis mortes. Duas delas foram confirmadas ontem pelo Corpo de Bombeiros em Ouro Preto, na região central do estado, e Guidoval, na Zona da Mata mineira.

Três pessoas estão desaparecidas. Uma delas é um homem de 28 anos que foi levado ontem por uma enchente do Rio Piranga, em Ponte Nova, na Zona da Mata. Na terça-feira também desapareceu um homem de 52 anos que morava em Guidoval, situada na mesma região, e os bombeiros mantêm buscas por uma mulher de 74 anos arrastada pela água em Santo Antônio do Rio Abaixo, em 30 de dezembro.

Em Ouro Preto, cidade tombada como patrimônio mundial, um taxista morreu dentro do táxi de placa HKE-2816, que estava estacionado na rodoviária do município. O prédio desabou no início da madrugada atingido por um deslizamento de terra do Morro do Piolho. Outro veículo estava estacionado no local e os bombeiros chegaram a afirmar que também haveria uma vítima em seu interior. Mas a corporação recuou e, até a noite de hoje, os 60 homens que trabalhavam nos escombros ainda não haviam conseguido confirmar a morte, apesar de um taxista continuar desaparecido na cidade.

Além da rodoviária, o deslizamento de terra também atingiu parte de uma residência e, segundo a prefeitura, ainda ameaça cerca de 40 casas. Ainda de acordo com a prefeitura, aproximadamente 350 pessoas tiveram que deixar suas casas e na cidade histórica ainda há residências ameaçadas por pelo menos oito pontos que oferecem risco de novos deslizamentos de terra.

A situação mais crítica, porém, é a da Zona da Mata, onde apenas na segunda-feira (2) fortes tempestades castigaram os municípios de Raul Soares, Congonhas, Guiricema, Ubá, Guidoval, Dona Euzébia, Cipotânea e Matipó. Todas foram atingidas por inundações e deslizamentos de encostas e as três primeiras já decretaram situação de emergência.

Apesar de não ter oficializado o decreto, Guidoval, que tem população de pouco mais de 7 mil habitantes, está em situação precária, com quase toda a cidade já submersa. A rede de telefonia também foi afetada e o município está praticamente sem comunicação. A maior parte da população também já foi retirada e encaminhada para municípios vizinhos, principalmente Ubá.

Parte das vítimas foi resgatada de helicóptero, mas um homem que não havia sido identificado, porém, não conseguiu sair de casa e morreu afogado. Devido ao volume de água, até a noite de ontem os bombeiros ainda não haviam conseguido resgatar o corpo.

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