Michael Belk, fotógrafo e autor de Journeys with the Messiah

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Por que escolher justamente 11 de setembro como data de lançamento de seu projeto?

Assim como no dia dos atentados percebi que as pessoas andavam perdidas, sem uma referência pela qual se guiar, reparei que hoje, em tempos de crise econômica, ainda há muita gente assim. Espero que as fotos ajudem as pessoas a encontrar as respostas que procuram.

Como as pessoas têm reagido ao seu trabalho?

Tenho recebido um retorno espetacular. As pessoas parecem intrigadas com o fato de as fotografias capturarem a mensagem que Jesus revelou há 2 mil anos e relacioná-las ao século 21. Já recebi e-mails da Índia, da China, da Inglaterra, da Austrália, da Irlanda, e, claro, dos Estados Unidos. Padres e pastores dizem ter sido profundamente tocados pelas imagens. Um executivo de uma companhia bilionária me disse que gostaria de poder estar no colo de Jesus, como na foto da capa do livro. Muitos pastores me perguntam se eles podem usar as fotos em suas igrejas, e outros pediram que eu mesmo levasse as imagens.

O próprio material de divulgação chama as fotos de "controversas", e um rabino comentou, sobre a foto The second mile, que embora a foto fosse boa, a legenda singularizava os judeus. Que outras opiniões você já recebeu sobre essa foto? Há judeus ofendidos por ver Jesus conversando amigavelmente com um nazista, ou cristãos ofendidos por ver Jesus carregando uma arma?

Assim como em qualquer expressão artística, é normal haver crítica e oposição. Meu objetivo era deixar de lado a religião e mostrar pura e simplesmente a mensagem de Jesus, para que as pessoas pensem nEle de uma forma diferente, ou talvez pensem nEle pela primeira vez. Para isso é preciso capturar a atenção das pessoas e mantê-las prestando atenção tempo suficiente para divulgar a mensagem cristã. No caso dessa foto, eu quis mostrar a necessidade do perdão, e para mim a imagem de Jesus e um nazista comunica esse perdão nas circunstâncias mais extremas. E, verdade seja dita, a mensagem de Jesus foi considerava controversa por muitos em seu tempo.

Você já tem um cronograma de exposições?

Agora que nossa exposição virtual está no ar, estamos procurando oportunidades em todo o mundo. Jesus contou suas histórias e parábolas para grandes multidões, em locais públicos, e da mesma forma eu queria que as fotos estivessem acessíveis a todos. Por isso, estou pensando em exibir as fotos em locais como terminais de transporte público, prédios comerciais, telões e projeções em prédios públicos. Estamos considerando a possibilidade de levar o projeto ao Brasil.

Quais são suas fotos favoritas, ou as que você considera mais significativas?

Cada uma comunica um aspecto da mensagem de Jesus, então não tenho uma favorita. Mas, do ponto de vista da qualidade visual, eu gosto muito de The promise, The second mile, Vacancy, Life savior e The winning hand.

Em Daily bread, com um Jesus gargalhando diante do egoísmo, você faz um comentário muito pessoal sobre como a crise econômica afetou sua vida. Você tem percebido um crescimento na percepção de que os bens materiais não são a única coisa na vida?

A produção de Journeys with the Messiah triplicou de preço no meio do processo, mas mesmo assim minha mulher e eu decidimos seguir em frente porque a mensagem de Jesus era mais importante que nossa estabilidade financeira. Com a crise perdemos muitas economias. De imediato entramos em pânico, mas depois percebemos que precisávamos confiar na Providência Divina. Foi um lembrete de que os bens terrenos somem a qualquer momento. Posso dizer que nós efetivamente vivemos a mensagem de Daily bread e Can’t take it with you.

Qual o impacto do seu trabalho entre seus colegas do mundo da moda?

Ainda não tive tempo de mostrar pessoalmente as fotos para meus colegas na indústria da moda. Mas já recebi e-mails de modelos e outras pessoas com quem costumo trabalhar. A maioria sabia que eu estava trabalhando em Journeys with the Messiah e gostaram disso. Espero poder ter contato com outros colegas e saber o que eles acharam. Acredito que as fotos me permitirão difundir a mensagem de Jesus num ambiente que muitos costumam ver como materialista, superficial e não-religioso.

O livro e o DVD estão disponíveis em livrarias nos Estados Unidos, mas na loja virtual apenas norte-americanos podem comprar os produtos. Quando será possível fazer pedidos do exterior?

Logo que colocamos o projeto no ar fomos inundados com pedidos para que liberássemos a venda para o exterior. A equipe do site está trabalhando no sistema para que isso seja possível, e nas próximas semanas espero ter novidades. Também estamos trabalhando com distribuidores para que o livro e o DVD possam estar disponíveis em lojas de outros países.