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Dizem os especialistas que se sabe muito mais sobre os efeitos da falta que as vitaminas e minerais fazem em nosso organismo do que sobre os benefícios que trazem. Algumas pesquisas começam a desvendar seus mecanismos, mas ainda há muito a investigar. Abaixo, alguns indicativos de pesquisas recentes.

Vitamina B6Estudo norte-americano mostrou uma redução significativa na queixa de vômitos e de náuseas de intensidade severa entre gestantes.

Hipervitaminose: suplementação em altas doses, para tratamento de algumas doenças, pode ocasionar neuropatia sensorial e lesões dermatológicas.

Fontes: presente na maioria dos alimentos.

Vitamina B9 – Folato ou Ácido Fólico

Estudos epidemiológicos indicam relação inversa entre risco para câncer de cólon e o estado nutricional relativo ao folato.

Fontes: cereais e leguminosas, folhas verdes-escuras, fígado, gema de ovo, carnes magras.

Vitamina DPode modular a transcrição de células do ciclo protéico, que diminuem a proliferação celular e aumentam a diferenciação celular. Pode diminuir o risco de doenças degenerativas. Pode ter papel anticancerígeno. Em doenças como esclerose múltipla, diabetes, artrite reumatóide, doses farmacológicas podem melhorar o estado dos pacientes.

Fontes: fígado, peixes gordurosos (atum, sardinha e salmão), gema de ovo, laticínios gordurosos.

Vitamina KTrabalhos recentes apontam para uma ação nos ossos por meio de proteínas como a osteocalcina (matriz protéica para nova formação óssea) dependentes de vitamina K, que teriam importância na diminuição do risco de fraturas na terceira idade.

Osteoporose: correlação inversa entre ingestão de vitamina K e risco de fraturas.

Aterosclerose: observação de calcificação aterosclerótica na aorta abdominal com baixa ingestão.

Fontes: couve, repolho, alface, brócolis, batata, nabo, algas, nozes, fígado, germe de trigo.

ZincoA suplementação de zinco em mulheres obesas, resultou na diminuição da resistência à insulina. A deficiência do mineral pode causar danos ao DNA e resultar no desenvolvimento do câncer.

Fontes: carnes, laticínios, feijões, lentilhas, nozes, sementes e cereais integrais.

SelênioPossível papel anticancerígeno. Estudos têm demonstrado uma ação do selênio em doses aumentadas na redução do risco de câncer (entretanto ainda não há recomendação com esta finalidade). Na deficiência de vitamina E, o selênio pode proteger as células do dano oxidativo. Em excesso, no entanto, o selênio é tóxico ao organismo (850 mg/dia). Os sintomas são náuseas, odor de alho na respiração, perda de cabelo, unhas quebradiças com pontos brancos, lesões na pele, fadiga, irritabilidade, entre outros.

Fontes: castanha-do-pará, frutos do mar, carnes (músculos), cereais integrais, leite e derivados, frutas e vegetais. No feijão, a quantidade varia conforme a região do país.

Fonte: Silvia M. Franciscato Cozzolino, doutora em Ciência da Alimentação e Nutrição Experimental e coordenadora do Programa de pós-graduação – Nutrição Humana da Faculdade de Saúde Pública, Economia e Farmácia da Universidade de São Paulo.

Matéria originalmente publicada no caderno Viver Bem, do jornal Gazeta do Povo, no do dia 4 de dezembro de 2005

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