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Novo Progresso -– Não há sobreviventes do acidente do Boeing 737-800 da Gol, que caiu na última sexta-feira, na Floresta Amazônica, no município de Peixoto de Azevedo, na divisa entre os estados do Pará e Mato Grosso. O acidente aconteceu após o Boeing se chocar no ar com um jatinho Legacy, da Embraer. A informação foi dada ontem pelo brigadeiro Jorge Kersull Filho, da Aeronáutica, que comanda as operações de buscas.

"Retardamos essa notícia em respeito às famílias, mas o acidente foi devastador, pior do que qualquer um de nós imaginava", disse o brigadeiro. Kersull deu a informação a uma comissão de familiares das vítimas que sobrevoou ontem o local onde o aparelho caiu e pôde constatar as dificuldades do trabalho de localização dos corpos. À tarde foram encontrados mais corpos, mas os peritos não sabem dizer quantos, tão deplorável é o estado em que se encontram.

Dificuldades

As equipes de resgate das vítimas estão encontrando dificuldades de toda ordem para localizar os corpos. O avião, aparentemente, começou a se desintegrar alguns minutos antes da queda da parte principal, com a cabine, partes da asa e do eixo central. Por isso há corpos espalhados num raio que pode se estender de 20 a 30 quilômetros.

Para preservar o local de impacto o máximo possível, 20 homens, entre os mais treinados do esquadrão Parasar, elite da Aeronáutica especializada em busca e resgate, dormiram na mata. Além das buscas, eles protegem os corpos dos ataques de animais. Integrantes da equipe de resgate estimam que devem ser identificados no máximo metade do total de mortos – 149 passageiros e 6 tripulantes. Nesse caso, será feito um enterro simbólico, coletivo. Os corpos serão levados para o Instituto Médico Legal (IML) de Brasília, para identificação. A Gol divulgou ontem a decisão de conceder direito a seguro saúde por um ano aos parentes das vítimas.

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