A divulgação da lista, na segunda-feira (29), dos 100 maiores desmatadores na Amazônia, que coloca o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) como um dos principais responsáveis pelos danos, causou uma crise no governo. A lista foi divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, disse que há "erros crassos" no relatório. Diante da crise, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, deu prazo de 20 dias para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que elaborou o levantamento, revisar toda a papelada das multas ao Incra e dizer se elas estão corretas ou não.
Para Cassel, a acusação contra o Incra é um golpe contra a reforma agrária. Ele citou entre os erros o de um relatório em que "por exemplo, as coordenadas do Ibama não correspondem às coordenadas do assentamento." Em outro projeto de assentamento, segundo Cassel, "a imagem usada como parâmetro para medir o desmatamento é de três anos anteriores à própria criação do assentamento."
Minc e Cassel participam hoje de cerimônia de assinatura da primeira concessão de reserva florestal. A concessão é para três empresas que venceram a licitação numa área de 96 mil hectares, em Rondônia.
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