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O PSol concluiu ontem 20 novos questionamentos à Polícia Federal para que seja aprofundada a perícia nos documentos entregues ao Conselho de Ética do Senado por Renan Calheiros (PMDB-AL). A primeira parte do texto tem 16 questões sobre compra e venda de gado, que visam a checar se o lucro foi suficiente para pagar a pensão à jornalista Mônica Veloso. A segunda bateria tem sete perguntas mirando a questão fiscal e a movimentação bancária do presidente do Senado. O partido sugere ainda uma série de oitivas de testemunhas. O trio de relatores do processo juntará as questões do PSol às suas e às eventualmente formuladas pela defesa de Renan para, assim, definir os limites da nova fase da investigação.

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Pela culatra – Após interceder para que o fiel escudeiro Almeida Lima (PMDB-SE) integrasse a tríplice relatoria em seu processo, Renan confessou a aliados um certo temor que o estilo falastrão e pouco conciliador do peemedebista piore sua situação.

Ducha fria – O PSol recebeu negativa dos consultores do Senado sobre possível processo contra Gim Argello (PTB-DF), suplente de Joaquim Roriz. O parecer diz que Argello tem apenas "expectativa de direito" ao mandato e não pode ser processado por deslizes anteriores à posse.

Alento – As advogados do partido, porém, enxergaram brecha jurídica, nos últimos parágrafos, para tocar o caso. "Não obstante não seja vedado examinar se a vida pregressa prejudica o mandato ou a imagem da Casa", diz o ofício. Com isso, devem ir em frente.

Pior a emenda – O PMDB cobra que Lula ou Tarso Genro (Justiça) desautorizem a Polícia Federal, que sustentou haver indícios contra Silas Rondeau no inquérito da Operação Navalha. Caso contrário, avaliam dirigentes, o desgaste do ex-ministro terá sido ainda maior que antes.

Longa temporada – A saga das nomeações no setor elétrico foi batizada de "Esperando Rondeau". Enquanto Lula não decide se banca ou não a volta do ex-ministro, PT e PMDB aguardam trocas em estatais como Furnas, BR Distribuidora e Petrobrás.

Inflação – Em acerto com o governo, o relator da LDO, deputado João Leão (PP-BA), aumentou de 0,45% para 0,5% do PIB a quantia destinada ao PPI em 2008. A alteração dará mais R$ 1,3 bilhão ao plano, que reúne os investimentos prioritários e cujas despesas não entram no cálculo do superávit primário.

Vôo solo – A despeito do apelo por unidade do presidente do PT, Ricardo Berzoini, o grupo Mensagem ao Partido, de Tarso Genro, se juntou ao PC do B e derrotou outras correntes da sigla na eleição para a direção da UNE.

Tarja preta – Presidente da CPI do Apagão Aéreo da Câmara, Marcelo Castro (PMDB-PI) colocará em votação hoje os requerimentos que classifica como "polêmicos", todos eles com alguma referência a denúncias de superfaturamento na Infraero.

Férias – O governo paulista desistiu de tentar aprovar o projeto de notas fiscais eletrônicas antes do recesso da Assembléia, que deve começar na quinta-feira. Com isso, também serão interrompidos os trabalhos do Conselho de Ética, que apura ligação do líder do PSDB, Mauro Bragato, com a máfia da CDHU.

Prioridade – A impossibilidade de votar o projeto de notas eletrônicas ressuscitou no governo paulista a idéia de forçar mudanças urgentes no regimento da Assembléia para acelerar as tramitações.

Outro lado – José Sarney (PMDB-AP) diz que não está preocupado com a disputa política no Maranhão e nega que tenha proximidade com o empreiteiro Zuleido Veras, da construtora Gautama.

TIROTEIO

* Do deputado estadual CARLINHOS DE ALMEIDA (PT), associando a data de hoje, Dia da Pizza em São Paulo, aos quatro meses de trabalho da atual legislatura, que até agora não criou comissões de inquérito:

– Na semana em que completa quatro meses sem instalar CPIs, a Assembléia Legislativa dá uma ótima contribuição para o Dia da Pizza.

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