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Mesmo com 56 cidades em estado de alerta, o Ministério da Saúde classificou o Paraná como sendo de risco moderado para uma epidemia de dengue. No mapa da doença no país divulgado ontem, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro são os estados com alto risco de apresentar uma epidemia neste começo de ano.

Roraima, Amapá, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul também precisam reforçar as ações de prevenção e combate à doença. Nesses estados será implementado um sistema de monitoramento semanal de casos e diário de mortes. Atualmente, o acompanhamento feito pelos secretários municipais de saúde é mensal. Foram reservados pelo governo federal R$ 1,08 bilhão para o combate à dengue neste verão.

"A dengue exige uma ação mais detalhada de vários setores, não só do governo federal, mas dos governos estaduais e municipais", disse ontem , em entrevista coletiva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. "As ações de combate aos focos do mosquito Aedes aegypti passam por saneamento, urbanização, acesso à água, vigilância nas estradas". Ele propôs um trabalho coordenado entre 12 ministérios para ter um acompanhamento diário dos índices da doença.

"A meta desse grupo é intensificar ações multissetoriais. Para que os ministérios coloquem suas equipes, seus equipamentos, suas redes de secretarias para reforçar ações de caravana de mobilização", disse Padilha. "Vamos fazer reuniões com lideranças religiosas, empresários, clubes de futebol, bancos estatais e privados, operadoras de plano de saúde", completou.

Entre as medidas anunciadas pelo governo estão ações educativas feitas pelos ministérios das Cidades e da Educação. Caberá ao Ministério da Integração Nacional possibilitar a participação dos serviços de defesa civil nas atividades de prevenção e controle da dengue. Além disso, militares irão colaborar com as atividades de combate ao mosquito nas cidades em situação de epidemia.

Paraná em alerta

Já no Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde anunciou a criação de uma "sala de situação", que também monitorará os dados da dengue. Só no ano passado, mais de 33 mil casos de contaminação foram registrados. A operação, que faz parte de um plano emergencial criado pela secretaria, irá atender aos 56 municípios que estão com os piores indicativos. Os trabalhos priorizam regiões de cidades em que a situação é mais grave: Foz do Iguaçu (Oeste), Maringá (Noroeste), Londrina (Norte) e Paranavaí (Noroeste).

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