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O subsecretário Nacional da Segurança Pública, Robinson Robin da Silva, esteve nesta quinta-feira (5), em Curitiba, para anunciar que haverá uma correção nos dados apresentados no chamado Mapa da Violência, do Ministério da Justiça. As informações, que foram divulgadas pelo Ministério da Justiça, colocavam o Paraná como o terceiro estado mais violento do país e três cidades, Curitiba, São José dos Pinhais e Foz do Iguaçu, como algumas das mais violentas do país.

Segundo Silva, o mecanismo de coleta das informações foi equivocado. "Na verdade, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e a Secretaria da Segurança do Paraná (Sesp) estão juntas trabalhando nesses dados. Os números absolutos impressionaram, mas percebemos que eles mereciam uma melhor análise. O método da coleta não é o mais adequado para se montar estatísticas. O sistema que estávamos usando, e que alimentou estas estatísticas, duplicava algumas ocorrências, o que deixou os dados inverídicos", disse Silva em entrevista à Rádio CBN.

Na pesquisa apresentada no final de setembro, o Paraná aparece como o terceiro mais violento do país, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo os dados, teriam sido cometidos 5.886 assassinatos no estado só em 2005. Nos chamados "casos de violência", Curitiba apareceu no 3.º lugar, sendo ainda a capital mais violenta do país. Na época, a Sesp repudiou os números e afirmou que eles eram "fajutos".

O secretário da Segurança do Paraná, Luiz Fernando Delazari, ficou satisfeito com a retratação. "Estamos trabalhando pela segurança e acho que foi corrigido um equívoco grave. Informamos que os números apresentados eram suspeitos e descobrimos que eles eram gerados em duplicatas. Uma tentativa de homicídio, por exemplo, era contabilizada como homicídio também", explicou.

O representante da Senasp explica que o Paraná não é o campeão de violência. "A real situação do Paraná é que ele é um estado ordeiro e que trabalha para melhorar a segurança. Estamos agora buscando números mais precisos para reorganizar as informações. O problema pode ter acontecido em outros estados também, não só do Paraná", disse Silva.

De acordo com a Senasp, a Sesp se comprometeu a enviar os dados computados por ela em até duas semanas, para que o Ministério da Justiça possa refazer as estatísticas. Depois disso, o Ministério da Jusriça terá mais uma semana para divulgar os dados corretos.

Silva garantiu que não veio ao Paraná a pedido do governo estadual. "Viemos aqui para uma série de missões, entre elas um evento do Mercosul. Mas afirmo que temos uma relação cotidiana muito boa com a Sesp". Delazari reafirma. "Não somos um dos estados mais violentos nem temos as cidades campeãs de crimes hediondos".

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