O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou nesta quinta-feira (10), após uma reunião na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio, que o Ministério da Saúde vai investir R$ 10,4 milhões para a Fiocruz desenvolver estudos de combate ao Aedes aegypti. Deste valor, R$ 4,4 milhões será para o financiamento de uma vacina contra a zika. Os R$ 6 milhões restantes serão destinados para projetos de pesquisa da zika e da microcefalia que serão realizados em parceria entre a Fiocruz e o National Institute of Health (NIH) , agência de saúde do governo americano.
O anúncio foi feito durante visita às instalações da Fiocruz, no Rio de Janeiro, onde o ministro acompanhou a presidente Dilma Rousseff. No local, eles conheceram os projetos em andamento na instituição. O repasse do recurso será feito por descentralização de crédito orçamentário.
Na quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a elaboração de uma vacina contra o vírus zika é prioridade para evitar epidemias no futuro, sendo a vacinação de mulheres grávidas e em idade fértil o maior objetivo a ser alcançado. A diretora da OMS Marie-Paule Kieny afirmou, no entanto, que quando o produto tiver pronto, pode ser tarde demais para conter uma epidemia. Um documento com o perfil da vacina a ser desenvolvido deve ser divulgado pela organização nas próximas semanas. Para Marie-Paule Kieny, é urgente o desenvolvimento de diagnósticos e métodos preventivos para proteger as gestantes.
O lançamento de uma vacina, no entanto, não deve ocorrer num prazo mínimo de três anos. Essa é a expectativa do diretor do Instituto Butantan, professor Jorge Kalil, após participar dos encontros na OMS. Segundo Kalil, foi possível perceber pela troca de experiências entre pesquisadores que o desenvolvimento do produto ainda está na fase de descobrimento, como ele chamou.
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