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São Paulo – O Ministério Público de São Paulo, que investiga há nove meses problemas em casas provocados pelas obras do metrô em Pinheiros (zona oeste da capital paulista), vai fazer uma perícia paralela sobre as causas do desabamento. O procurador-geral de Justiça, Rodrigo Pnho, promotores e peritos do órgão fazem hoje uma inspeção no local.

O governo paulista nomeou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) como órgão que fará a perícia oficial. A vistoria só deve começar depois do trabalho de resgate. A Promotoria da Cidadania abriu procedimento na última sexta-feira e solicitou que um perito fosse ao local no fim de semana. Engenheiros e geólogos vão acompanhar hoje a inspeção dos promotores.

O Ministério Público investiga as obras do metrô em Pinheiros desde abril do ano passado, quando dez casas a 500 metros do local da cratera apresentaram rachaduras e foram interditadas.

Na última quinta-feira, o metrô informou que as casas foram reformadas e que não havia risco. O promotor quer saber, no entanto, porque a linha 4 ficou 20 dias sem licença ambiental. A licença, que venceu 19 de dezembro, só foi renovada no último dia 9. O deputado Simão Pedro vai propor, na próxima semana, a abertura de CPI para investigar o acidente.

O vice-governador de São Paulo e secretario estadual de Desenvolvimento, Alberto Goldman, disse ontem acreditar que o motivo da causa do acidente ocorrido nas obras da linha do metrô de São Paulo tenha sido uma falha de engenharia. Segundo ele, embora o volume de chuvas em janeiro tenha sido elevado, esse é um fenômeno que também é previsível. "Do ponto de vista da engenharia a única coisa que eu posso dizer, sem culpar o consórcio, sem culpar ninguém, é que houve uma falha na engenharia do processo. Onde se localizou essa falha, só a investigação vai dizer", afirmou.

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