Ministério Público pede explicações sobre descarte de livros para reciclagem

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O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu explicações à Prefeitura de Maringá sobre o descarte de livros de bibliotecas municipais para reciclagem. A confirmação foi dada nesta sexta-feira (10), pela assessoria do MP-PR.

O promotor Maurício Kalache enviou o documento com o pedido de explicação na quinta-feira (9). Ele estipulou prazo de dez dias para que a Prefeitura se posicione sobre o caso. Por volta das 11h30 desta sexta-feira (10), a administração municipal informou que não havia recebido o documento.

A partir das explicações recebidas, o MP-PR deverá tomar as medidas cabíveis. Caso o perceba alguma irregularidade nas informações, o promotor poderá propor uma ação contra o Município.

O pedido de explicações também se estende à empresa Plush, que recebeu livros para a reciclagem, por parte da Prefeitura, conforme denunciou reportagem da TV Maringá/Band. A Gazeta Maringá entrou tentou contato na manhã desta sexta (10) com a empresa, mas sem sucesso.

Entenda o caso

A secretária municipal da Cultura, Flor Duarte, confirmou que livros de bibliotecas municipais foram enviados para reciclagem. Segundo ela, as obras passam por uma triagem feita por servidoras das bibliotecas municipais e que algumas destas publicações acabam indo para a reciclagem.

"Recebemos muitos livros didáticos e infantis [da população]. Muitos deles repetidos, alguns em bom estado e outros não. Após a triagem, oferecemos esses livros [aqueles que não interessam ao Município] primeiramente para bibliotecas e entidades da região. Quando não há interesse, destinamos à reciclagem", afirmou Flor.

Na reportagem da TV Maringá/Band, imagens mostram uma Kombi da empresa Plush recolhendo livros na biblioteca municipal localizada na Avenida XV de Novembro. Segundo nota da assessoria de comunicação da Prefeitura, uma funcionária, sem consentimento do Município, teria ligado para a empresa e pedido para que os livros fossem buscados e levados para a reciclagem. Por conta disso, uma sindicância foi aberta e a funcionária, afastada do cargo.

Antes da publicação da nota da Prefeitura, que ocorreu na tarde de quinta-feira (9), porém, a secretária da Cultura conversou com a reportagem da Gazeta Maringá e não mencionou a abertura de sindicância ou afastamento da servidora. Segundo a nota, estes dois fatos teriam sido formalizados na quarta-feira (8).