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“Amamentar é um ato que deve gerar solidariedade, não discriminação”, disse a representante do Unicef, Marie-Pierre Poirier | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
“Amamentar é um ato que deve gerar solidariedade, não discriminação”, disse a representante do Unicef, Marie-Pierre Poirier| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Com o tema "Apoie a mulher que amamenta, seja um amigo do peito", o Ministério da Saúde lançou ontem a Campanha Nacional de Amamentação 2011 e o Guia dos Direitos da Gestante, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A cartilha, com ilustrações de Ziraldo, será levada prioritariamente às regiões do país com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Para a representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, a sociedade brasileira precisa apoiar mais as mães. "Muitas mulheres ainda sofrem preconceito ao amamentar em público. É um ato que deve gerar solidariedade, não discriminação", disse. No Brasil, o ín­­dice de crianças de até seis meses que se alimentam exclusivamente de leite materno está abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Enquanto o considerado ideal está entre 90% e 100%, no país são apenas 41%. "Queremos chegar, sim, a 80% do aleitamento materno exclusivo e precisamos de um conjunto de ações para isso. Não depende só do governo, mas das próprias famílias – dos pais, principalmente –, e também das empresas", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Para o presidente do Depar­­tamento de Aleitamento Mater­­no da Sociedade Brasileira de Pe­­diatra (SBP), Luciano Borges, uma das soluções está na lei de 2008, regulamentada em 2010, que aumentou de quatro para seis meses a licença-maternidade. A adesão, no entanto, é facultativa. Entre janeiro e dezembro de 2010, 10.518 empresas se comprometeram a conceder os 60 dias adicionais. "Há um índice alto de desistência entre as mulheres que voltam a trabalhar em quatro meses", disse o presidente. Somente Acre e Mara­­nhão, de acordo com a SBP, ainda não concederam os seis meses às servidoras públicas estaduais.

A madrinha da campanha deste ano é a atriz Juliana Paes, que afirmou ainda amamentar o filho Pedro, de oito meses. O ideal, se­­gundo a OMS, é o aleitamento materno até dois anos ou mais, com a adição de outros alimentos saudáveis a partir dos seis meses. "O aleitamento é bom para a mãe e o bebê", disse Borges.

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