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A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, decidiu nesta segunda-feira (11) propor um acordo entre o governo federal e os estados da Amazônia Legal para combater a exploração sexual e ampliar a fiscalização de empresas de turismo de pesca na região. A decisão foi tomada nesta segunda-feira(11), após reunião da ministra com a Polícia Federal e o Ministério Público.

A ação foi tomada após o jornal "The New York Times" noticiar que a empresa americana Wet-A-Line Tours, formalmente conhecida pelo turismo de pesca, vende também pacotes sexuais turísticos na Amazônia. O G1 tentou entrar em contato com a empresa, e aguarda resposta.

Para organizar a ação, a ministra vai conversar com os ministros Luiz Sérgio, da Pesca, Nelson Jobim, da Defesa, Antônio Patriota, das Relações Exteriores, José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Carlos Lupi, do Trabalho e com o presidente da FUNAI, Márcio Meira.

Em entrevista ao G1 neste domingo, Iriny disse que a prioridade é acompanhar o processo para que ele não seja interrompido, como, de acordo com o jornal americano, quer o dono da Wet-A-Line Tours.

Para o Ministério Público Federal, as provas são contundentes. A ação penal contra a empresa Wet-A-Line, do americano Richard Schair, corre na 4ª Vara Federal do Amazonas e encontra-se na fase da citação dos cinco denunciados.

Além de Schair, são réus na ação penal José Lauro Rocha da Silva, proprietário da agência de turismo brasileira, Daniel Geraldo Lopes, Juscelino de Souza Motta e os irmãos Admilson Garcia da Silva e Adilson Garcia da Silva. Desde 2008, a Polícia Federal investiga o caso.

A ONG de direitos das mulheres "Equality Now" emitiu um relatório sobre o caso em seu site. O texto diz que o processo foi aberto nos EUA por quatro meninas indígenas que afirmaram terem sido aliciadas quando tinham menos de 18 anos.

Segundo a ONG, a Wet-A-Line Tours atuava há anos organizando viagens pesqueiras, principalmente para americanos, e aliciava meninas de comunidades indígenas com promessas de lucros financeiros. Quando estavam no barco, elas recebiam bebidas e drogas para fazerem sexo com os turistas.

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