Brasília O ministro da Justiça, Tarso Genro, informou ontem que a estrutura da Polícia Federal será reforçada para o combate à criminalidade e à corrupção, com a contratação de mais 5 mil policiais e ênfase nas interceptações telefônicas. No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a PF teve seu efetivo elevado de 7 mil para quase 13 mil. Segundo o ministro, as megaoperações contra o crime organizado vão prosseguir e serão aprofundadas, mas com reparos, para corrigir equívocos. "Vamos aproveitar toda a experiência até agora altamente positiva da PF e corrigir eventuais equívocos, o que é normal em qualquer instituição. A Polícia Federal não é imune a erros", enfatizou.
Genro defendeu a instituição das acusações de exagerar no uso de grampos e de expor pessoas investigadas com vazamentos ilegais de escutas. Ele ressaltou que o grupo de trabalho encarregado de regulamentar o assunto não se destina a inibir as escutas, mas sim aprofundá-las.
Segundo o ministro, as escutas constituem um instrumento fundamental de investigação e o governo não vai abrir mão delas. Lembrou que as interceptações substituem meios de investigação relegados pelo estado de direito, como a pressão, a força e a violência para obter depoimentos. "Enganam-se os que pensam que esse grupo (de trabalho), que já teve uma segunda reunião e está em ritmo avançado vai despotencializar a escuta", reforçou.
Genro disse que a PF hoje é um exemplo para o país e a América Latina. Ele destacou que a "conduta republicana" da instituição será disseminada nos estados, a fim de estimular a adoção de um novo modelo de segurança no país. Entre as medidas previstas nesse sentido, ele destacou a criação da escola superior de policia, cuja pedra fundamental foi lançada ontem, a abertura de concursos públicos para contratação de novos policiais nos próximos anos e um programa de socialização do know how da PF no combate ao crime.
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