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Rio de Janeiro - O muro em construção no morro Dona Marta (Botafogo, zona sul do Rio) não é muro, disse ontem, em visita à favela, o ministro da Justiça, Tarso Genro. Com 90% da construção pronta, o muro – que tem 650 metros de extensão e 3 metros de altura – está sendo construído, segundo a prefeitura do Rio e o governo es­­tadual, para evitar a invasão da mata vizinha à comunidade pelos barracos.

"Pelo que estou informado, não são mais muros, né? São divisões que vão ter espaço delimitador. Mas não se adotou aquela tese de fazer um muro de separação física, alto, que separa a comunidade do outro espaço", disse Genro.

Embora estivesse avistando a muralha de um mirante no topo da favela, o ministro insistiu que a construção, visível até da parte baixa de Botafogo, não pode ser considerada um muro. "Se tem um muro, o que tem de ver é se foi discutido com a comunidade, se a comunidade decidiu que aquela é uma boa solução. Se foi feito um consenso com a comunidade, aquilo é positivo, acho que funciona bem", disse.

O presidente da associação de moradores do morro, José Mário Hilário, disse que não houve consenso. Para ele, o muro reepresenta "uma forma de segregação".

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