Brasília Em tempo recorde, o Senado marcou a sabatina do ministro Carlos Alberto Direito, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indicado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, Marco Maciel (DEM-PE), informou que a sabatina será o primeiro item da pauta da reunião da comissão, marcada para as 10 horas de hoje.
Mal o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o nome de Direito, os governistas iniciaram no Senado uma ofensiva para apressar a realização da sabatina. O prazo é curto porque a Constituição estabelece que alguém só pode assumir o cargo de ministro do STF antes de completar 65 anos, idade que o ministro do STJ atinge no dia 7, feriado prolongado do Dia da Independência. Além dos articuladores do governo, ministros de vários tribunais telefonaram para senadores e pediram a rápida aprovação do nome de Direito.
O ministro Marco Aurélio Mello, do STF disse ontem que a indicação de Carlos Alberto Direito para uma vaga na Corte enriquece o Poder Judiciário. Ele evitou polêmicas sobre o assunto, optando em elogiar o futuro colega.
"Sem dúvida alguma virá enriquecer o colegiado, virá enriquecer o Supremo. Aguardemos a sabatina e também a aprovação pelo Senado e a nomeação e posse", afirmou Marco Aurélio Mello.
Na última quinta-feira, o presidente havia decidido nomear Direito, mas adiou a decisão porque sofreu fortes pressões inclusive do ministro da Justiça, Tarso Genro, que era contrário à indicação. É que o indicado é ligado à ala conservadora da Igreja Católica. Direito assume a vaga de Sepúlveda Pertence, que se aposentou, deixando o STF no último dia 15.
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