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Brasília – O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, afirmou que há indícios de execução entre as mortes ocorridas em São Paulo durante o período dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) e a reação de repressão da Polícia Militar de São Paulo. "Estão fortíssimos os indícios de que houve uma reação fora da lei, também na forma de extermínio, com execuções sumárias, que teriam atingido algumas dezenas de pessoas", disse.

Vannuchi explicou que se baseou em apurações feitas por uma comissão independente criada para acompanhar as investigações sobre as mortes de civis e militares durante a ação do PCC. O grupo é composto por entidades de defesa dos direitos humanos e da sociedade civil. "Ela (a comissão) falou em indícios eloqüentes, é um termo jurídico. Você não pode chamar de prova, porque a prova tem um estatuto superior, agora os indícios são daqueles que berram."

De acordo com o ministro, em alguns corpos foram identificadas balas na nuca. "Não tem fuga, combate, com bala na nuca. É aquela situação em que a vítima está dominada, ela está abaixada, está encostada na parede". Outro ponto que merece atenção, na avaliação do ministro, é a trajetória descendente de algumas balas que provocaram mortes. "Em tiroteio, é raríssimo a bala fazer isso, de cima para baixo".

Vanucchi disse que o crime organizado tem de ser "desarticulado com rapidez e força", mas que isso tem de ser feito nos limites da lei. "Não pode o poder público autorizar ou deixar a rédea solta para ‘bom, já que mataram 50, 60 policiais, deixa fazer a vingança’, porque nós voltamos à barbárie, abdicamos da vida em estado democrático".

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