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Brasília – Dois ministros do governo Lula reagiram negativamente, nesta segunda-feira, à possibilidade de concessão de aumento salarial para os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). Guido Mantega, da Fazenda, e Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, demonstraram preocupação com o efeito cascata nas contas públicas deste possível reajuste, já que o salário dos ministros do STF corresponde ao teto do funcionalismo público. Na prática, todos os demais segmentos do governo podem exigir os mesmos direitos e benefícios que estão sendo propostos.

Mantega destacou que o programa de estímulo ao crescimento, que está em estudo na equipe econômica, trata do reajuste para os funcionários públicos, mas não quis detalhar exatamente o que está sendo feito.

"Nos preocupa quando se faz propostas como essa que nós vimos no Judiciário, de elevar os proventos. Tudo isso traz um efeito em cascata. (No plano de crescimento) nós propomos aumento real do funcionalismo, mas ele tem que ser regrado, balizado, não pode ser indiscriminado e indeterminado", afirmou.

O ministro Thomaz Bastos disse que ainda não examinou a fundo a questão, mas, em princípio, não vê necessidade do aumento. Segundo ele, o momento é de contenção de gastos.

"Eu não sou a favor do aumento. Não sou eu que vou decidir, mas acredito que é preciso fazer uma justificativa muito forte para que se justifique esse aumento", disse o ministro.

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