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Um ato religioso na Catedral Basílica de Curitiba, celebrado neste domingo pelo arcebispo metropolitano Dom Moacir José Vitti, vai lembrar as vítimas do trânsito. Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial de Saúde (OMS), o terceiro domingo do mês de novembro se tornou uma data notória em memória das vítimas dos acidentes com veículos em todo o globo. No Brasil, cerca de 35 mil pessoas morrem todo ano em decorrência de acidentes.

No primeiro semestre deste ano, cerca de 22.265 pessoas foram vítimas de ocorrências de trânsito no Paraná, sendo que 839 morreram no local. Em Maringá, Noroeste do estado, existe um trabalho apurado que considera até 30 dias após o acidente como morte de trânsito. Conforme as estatísticas da cidade, os números de falecimentos no trânsito podem ser multiplicados em até 3,7 em decorrência das mortes que ocorrem no caminho para o hospital e de seqüelas dos ferimentos.

A coordenadora de Educação para o Trânsito do Detran/PR, Maria Helena Gusso Mattos, explica que os condutores precisam criar consciência da importância de suas atitudes no trânsito. "O acidente do avião da TAM, em agosto de 2007, matou 199 pessoas e criou uma comoção nacional. No trânsito, o mesmo número de pessoas morre diariamente. Só que esses acidentes são banalizados", diz Maria Helena.

A coordenadora se assusta com a passividade da população ao ser alertada sobre o crescimento das ocorrências. "Por haver um aumento da frota, há um aumento dos acidentes. É a lógica que todos fazem. Mas isso não pode ser um raciocínio comum. Existem países com uma frota maior do que a nossa com índices de acidentes bem inferiores", critica. No primeiro semestre de 2008, o número de mortos no local cresceu 8,96% no estado e 11,90% na capital, em comparação com o mesmo período de 2007.

Outras cidades também realizam eventos para lembrar as vítimas do trânsito. No Rio de Janeiro, o fórum "O Papel da Sociedade Organizada na Solução da Violência no Trânsito" foi realizado na sexta-feira. Neste domingo, uma caminhada cívica na Praia de Copacabana, com distribuição de material informativo e brindes, além de colher assinaturas em apoio a Lei 11.705/08 (a "Lei Seca"), faz parte da celebração.

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