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Nova Iorque (AE) – O deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), um dos três membros da CPI dos Correios que chegou ontem a Nova Iorque em busca de informações sobre as contas bancárias do publicitário Duda Mendonça nos Estados Unidos e em paraísos fiscais do Caribe, disse que veio apenas "legalizar o vazamento de informações já ocorrido". Ele fez a declaração antes de iniciar reunião com o promotor distrital Adam Kaufman, acompanhado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) e Maurício Rands (PT-PE), e por Antenor Madruga, do Ministério da Justiça.

Antes mesmo do desembarque em Nova Iorque, os parlamentares da CPI dos Correios haviam sido alertados sobre os obstáculos que enfrentarão para ver atendida sua solicitação de informações sobre as contas de Duda Mendonça.

A missão dos deputados enfrenta um sério problema de credibilidade criado pelos vazamentos à imprensa de informações sigilosas que o governo dos EUA já forneceu ao Brasil, nos termos do Tratado de Assistência Legal Mútua (MLAT), o acordo bilateral para agilizar a cooperação em investigações criminais entre os dois países. Além disso, o governo americano informou Brasília que não considera as CPIs de outros países instância judicial sob o MLTA. Mas o ministério público dos EUA pode decidir se o pedido dos parlamentares se justifica. Outra dificuldade é que as informações solicitadas envolvem a quebra do segredo bancário num caso que ainda não foi levado à Justiça brasileira.

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