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Ao longo da sexta-feira (10), centenas de pessoas passaram pela catedral para se despedir do religioso. | Débora Mariotto Alves
Ao longo da sexta-feira (10), centenas de pessoas passaram pela catedral para se despedir do religioso.| Foto: Débora Mariotto Alves

O líder da diocese de Paranaguá, dom João Alves dos Santos, que faleceu na quinta-feira (9), recebeu homenagens ao longo de toda a sexta-feira (10). O corpo está sendo velado na Catedral Diocesana até as 16 horas deste sábado (11), quando será sepultado. Ao longo de sexta-feira, centenas de pessoas passaram pelo templo para dar o último adeus ao religioso, que foi homenageado com dezenas de coroas de flores e missas ao longo do dia. As celebrações ocorreram a cada duas horas.

Caravanas

Caravanas de fiéis vindas de várias cidades da diocese se dirigiram a Paranaguá para acompanhar o velório. Padres e frades franciscanos acolheram as pessoas e contaram histórias sobre os ensinamentos de dom João.

Embora já conhecesse o carisma do bispo, a proximidade com os católicos parnanguaras chamou a atenção do frei José Longarez, amigo de longa data de dom João. “Ele sempre foi um exemplo de simplicidade e alegria franciscana. Um homem simples voltado às coisas simples, despojado do poder, por isso as pessoas tinham tanto carinho por ele. Ele saía na rua a pé e as pessoas vinham, abraçavam. Ele realmente estava aqui ‘como aquele que serve’”, disse, fazendo referência ao lema do episcopado.

Dom João Alves dos Santos: o pai cozinheiro de simplicidade franciscana

Ao chegar a Paranaguá, no Litoral do Paraná, em 2006, dom João Alves dos Santos chamou a atenção por duas coisas: a voz imponente e a simplicidade. Tornou-se tão próximo das pessoas que os fieis concluíram: “só podia ser brasileiro”.

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A vocação religiosa estava no sangue do bispo. A prima dele, irmã Marinalva de Oliveira Carvalho, também dedica a vida à igreja. Segundo ela, desde criança dom João brincava de celebrar missas e fazia desenhos de igrejas, por isso a família sempre se alegrou com a vocação dele. “Sempre foi nosso frei Joãozinho”, brinca.

Vocação

A mesma vocação que sempre esteve presente na própria vida, o religioso fez questão de despertar em outras pessoas. “Eu fui vocacionado dele e hoje coordeno a animação vocacional provincial dos capuchinhos. O grande trabalho dele sempre foi acolher todas as pessoas como verdadeiros irmãos. Era um jeito alegre de revelar a pessoa de Jesus que caminha conosco”, conta o frei Maurício dos Anjos.

Em São Paulo, enquanto estava internado, apenas frei Carlos Silva, ministro provincial dos capuchinos daquele estado, tinha acesso aos boletins médicos de dom João. “Nós cuidamos dele como nosso irmão, porque era assim que ele nos tratava. Queríamos que ele tivesse um tratamento com toda dignidade como ser humano e como bispo.”

Dom João faleceu por volta das 4 horas de quinta-feira (9) em decorrência da falência múltipla dos órgãos.

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