Cascavel O Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) pretende ampliar sua base de atuação no Paraná em 2006. O movimento vem arregimentando trabalhadores rurais e até desempregados de Cascavel e de cidades vizinhas para engrossar o seu único acampamento, localizado nas margens da BR-369, entre Cascavel e Corbélia, contabilizando 300 famílias. As lideranças ameaçam ocupar fazendas na região.
De acordo com a coordenadora estadual do MLST, Jocélia de Oliveira Costa, ex-integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o grupo surgido há nove anos em Pernambuco - está se organizando para aumentar a participação no processo de reforma agrária no estado. O MLST é mais ativo no Nordeste e Norte do país, por isso as lideranças elegeram o Sul do Brasil, que é o berço do MST, como prioridade para conquistar novos aliados.
O movimento está montando uma secretaria estadual no bairro Periollo, uma das áreas mais carentes de Cascavel. A meta é montar bases em 40 municípios paranaenses até o final do ano, quando o MLST espera ter arregimentado aproximadamente três mil famílias em três assentamentos. Há famílias cadastradas nas regiões de Catanduvas, Foz do Iguaçu e Lindoeste. Mas são os brasiguais (brasileiros nascidos no Paraguai) os que mais engrossam o acampamento cascavelense, com cerca de 30 famílias.
Ao contrário do MST que prega a ocupação de terras improdutivas, o MLST defende a invasão de propriedades produtivas. "Isso é demagogia. O que adianta fazer uma ocupação numa área onde não dá para produzir?", questiona Jocélia. Ela garante que o movimento só irá ocupar fazendas com a autorização dos proprietários que estejam negociando suas terras com o Incra. O primeiro alvo dos sem-terra foi a fazenda Bom Sucesso, em Cascavel, de onde foram despejados no final do ano passado. A propriedade, de 1.200 hectares, pertence à família Festugatto, que já a teria oferecido ao Incra para fins da reforma agrária.
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