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Dez anos

Por determinação do Estatuto das Cidades, o Plano Diretor tem de ser revisto a cada dez anos. Em Curitiba, a última revisão foi realizada em 2004. O Ippuc pretende enviar o texto revisado até 4 de dezembro para a Câmara.

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Serviço

A última audiência pública desta primeira rodada está marcada para as 18h30 da segunda-feira, no Auditório III da Rua da Cidadania da Fazendinha. O endereço é Rua Carlos Klemtz, 1.700, ao lado do terminal. A previsão de encerramento é 21h30.

A mobilidade urbana é a maior preocupação dos curitibanos que participaram das nove primeiras audiências públicas para a revisão do Plano Diretor da cidade. A rodada inicial de discussões nas regionais – que se encerra na noite de hoje, na Fazendinha – apontou que a população também está preocupada com temáticas como infraestrutura urbana, segurança pública, meio ambiente, saúde, zoneamento, habitação de interesse social, educação e regularização fundiária.

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INFOGRÁFICO: Veja como participar do Plano Diretor

Segundo o Instituto de Pes­quisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), uma média de 200 pessoas compareceu a cada noite de discussões nas regionais. A partir das perguntas e sugestões dos participantes, do diagnóstico realizado nas oficinas, entre março e abril, e das contribuições feitas no site oficial, nos grupos de estudo e nas audiências da Câmara Municipal, técnicos do Ippuc sistematizarão as primeiras propostas de revisão da Lei do Plano Diretor. A ideia é apresentá-las à população na segunda rodada de audiências, marcadas para o mês de setembro.

Nesta primeira rodada de audiências – uma inaugural, mais nove nas regionais –, o Ippuc trouxe informações básicas sobre o Plano Diretor, explicando o motivo da revisão e as formas de participação popular no processo. Após a apresentação de um pré-diagnóstico dos técnicos do órgão, com base no que foi discutido pela população nas oficinas, uma mesa composta de especialistas, representantes das secretarias e do administrador regional respondeu perguntas e sugestões dos presentes.

Na avaliação do presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires, as audiências estão sendo positivas, na medida em que concentram vários olhares sobre um mesmo assunto, enriquecendo o processo de revisão do Plano Diretor. "Está em um crescente. As pessoas começaram de maneira tímida, com questões pontuais, mas entenderam que é preciso ter um olhar de passarinho, ver a cidade de cima."

Entre as propostas da população, estavam sugestões como suporte para bicicleta nos ônibus, sistema de compartilhamento de veículos e verticalização da Avenida Marechal Floriano Peixoto, com tratamento semelhante ao das demais estruturais. Embora o processo tenha estimulado contradições locais – no Jardim Botânico, por exemplo, houve quem defendesse a mudança no zoneamento e quem preferisse a permanência do atual –, o debate nas regionais foi bastante pacífico, segundo o Ippuc. "Como lidar com isso? É uma coisa nova para nós. A lei será exaustivamente discutida. E isso do saber popular tem sido extraordinário, as discussões ultrapassam as audiências", reforça Pires.

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