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A sujeira e as pichações nas praças públicas de Curitiba estão com os dias contados. Isso se a nova técnica empregada pela Secretaria do Meio Ambiente der certo. Em parceria com a Associação dos Restauradores e Conservadores de Bens Culturais e com a Fundação Cultural, a prefeitura está testando um método de limpeza inovador na cidade. Ele consiste em lavar os monumentos de granito das praças utilizando produtos à base de material orgânico, que não agride o meio ambiente nem afeta as obras de arte.

Na manhã de ontem, a Praça 19 de Dezembro, conhecida como Praça do Homem Nu, que servirá de teste ao novo projeto, começou a ser limpa. "Nossa intenção é a manutenção geral dos monumentos, mas sem prejudicar sua integridade cultural", relata o diretor de parques e praças da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Marcus Senegaglia Jorge.

O projeto será em duas fases. Na primeira, será feita a lavagem com água, que sai de uma máquina a jato. A técnica já utilizada em países como os EUA, é aplicada por Alex Santos. "Não posso expor minha técnica. Posso afirmar apenas que todos os componentes que utilizo são biodegradáveis e não prejudicam o meio ambiente."

A segunda fase do trabalho tem como finalidade limpar as pichações – um trabalho manual. "Para isso, utilizaremos solventes orgânicos e escovas com cerdas de plástico", conta Jorge. A limpeza será importante para a imagem de Curitiba junto aos participantes de dois eventos da Organização das Nações Unidas – Convenção sobre Biodiversidade e Reunião das Partes do Protocolo de Cartagema – que serão realizados em Curitiba, em março, e devem atrair cerca de 15 mil estrangeiros. "É preciso deixar nossos cartões-postais bonitos para a visita de tantos turistas", apóia o comerciante Luiz Martins.A limpeza é bem vista pelos curitibanos, porém, percorrendo as principais praças do centro da cidade, a reportagem constatou que os entrevistados também pedem mais cuidado com a segurança. "De nada adianta limpar a praça e continuar permitindo drogas, roubos e pichações", sugere o taxista Gilberto Leis. A comerciante Gessiane Gomes, que já teve seu estabelecimento, na Praça Rui Barbosa, assaltado três vezes, concorda: "Deveriam limpar todos os marginais daqui".

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