A Secretaria Municipal de Assistência Social gastou, em 2010, R$ 89 milhões com programas voltados para o atendimento a moradores de rua da capital paulista. A verba é equivalente a R$ 544 por mês para cada uma das 13.666 pessoas que vivem nessa situação em São Paulo, quase um salário mínimo (R$ 545), e representa pouco mais de 10% do orçamento anual da pasta. Entidades consideram o valor insuficiente. Para este ano, o valor destinado aos moradores de rua deve ser maior, de R$ 102 milhões.
Os albergues da rede municipal receberam aproximadamente a metade do valor total gasto com os moradores de rua de forma geral. Foram repassados R$ 44,9 milhões para as entidades conveniadas, que administram os centros de acolhida, onde faltam vagas para pernoite: são 13 mil pessoas para quase 10 mil leitos.
O valor é considerado insuficiente por entidades ligadas aos moradores de rua e às questões sociais, que também apontam falhas no gerenciamento dos recursos. "Pela complexidade da situação, é pouco. Também é mal investido, porque não há a perspectiva da saída da rua", afirma Alderon Costa, coordenador de projetos da Rede Rua.
A secretaria diz que são oferecidas quase 20 mil refeições por dia e conta com 108 serviços exclusivos para os moradores de rua da capital. Agentes sociais percorrem a cidade a pé e abordam pessoas nessa situação. Também são utilizados 122 veículos. A pasta ressalta que os críticos estão convidados a conhecer os serviços e equipamentos da assistência. Ontem, também começou a Operação Baixas Temperaturas, com a inauguração de dois abrigos para moradores de rua em São Paulo.
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