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Moradores do bairro Santa Quitéria, em Curitiba, prometem fazer uma grande manifestação em frente ao Palácio Iguaçu caso dois terrenos invadidos por sem-teto no dia 16 de fevereiro não sejam desocupados até quarta-feira da próxima semana. As áreas pertencem a uma construtora e a ordem para a reintegração de posse foi expedida no último dia 8 pela 5.ª Vara Cível de Curitiba. Eles querem que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) cumpra a ordem com rapidez, como fez em relação a um terreno no bairro Campo Comprido, desocupado no dia 8 e invadido seis dias antes.

"Lá (no Campo Comprido), a reintegração foi feita rapidamente. Por que aqui está tão demorado?", questionou o promotor comercial Celso Ferreira da Rocha, 46 anos, que mora no bairro há sete anos. "Se até quarta-feira os invasores ainda estiverem aqui, vamos convocar pelo menos 200 pessoas e vamos em passeata até o Palácio Iguaçu."

Moradores do Santa Quitéria encontraram na região das invasões um panfleto apoiando as ocupações. O material, que tem o título "Ocupação já", traz a marca do PMDB e é assinado pelo presidente municipal do partido, Doático Santos. "Nós do PMDB ‘Manda Brasa’ somos solidários e apoiamos integralmente a ocupação de lotes e terrenos na cidade", diz o texto. "Fora os capitalistas e abaixo a Cohab. (...) A ocupação da região do Santa Quitéria é só início", alerta o panfleto.

Doático Santos disse ontem que o material foi feito a mando do prefeito de Curitiba, Beto Richa, com o objetivo de desgastar a imagem do partido. "O pessoal do Beto fez e mandou distribuir na invasão", disse. "Querem me incriminar para diminuir a importância das minhas críticas ao prefeito." A prefeitura disse que não comentaria o assunto.

Na madrugada de ontem, cerca de 40 pessoas tentaram invadir um terreno na Rua Operário Santo Dias, no bairro Alto Boqueirão. A área pertence à prefeitura. A Guarda Municipal foi acionada e impediu que eles ficassem no local. "A Guarda Municipal chegou junto com eles e tirou alguns barracos, mas não teve tumulto. Parece que tinham saído de outra invasão", disse uma moradora da região que preferiu não ter o nome revelado. A prefeitura não confirmou a informação.

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