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Moradores de Bauru, no interior de São Paulo, se organizam para protestar contra a excomunhão do padre Roberto Francisco Daniel, o padre Beto. Menos de três dias após o anúncio do ato pela Igreja Católica, milhares de simpatizantes do padre já se declararam contra a excomunhão.

Uma moção de repúdio à decisão da Igreja postada na segunda-feira (29), havia recebido mais de 3,5 mil adesões até o fim da tarde de quarta-feira (1º) e a expectativa é de atingir 5 mil nesta quinta (2). O grupo Eu Apoio Padre Beto, formado na segunda, na internet, já contava com mais de 2,1 mil participantes.

Outro protesto está marcado para o sábado (4), com concentração em frente da Catedral Divino Espírito Santo, na Praça Rui Barbosa, centro da cidade. Entre os organizadores estão dois grupos de simpatizantes do padre e a Associação Bauru pela Diversidade, a mesma que organizou a Parada Gay na cidade, que reuniu 50 mil pessoas.

O vereador Marcos Souza (PMDB), o Marquinhos da Diversidade, estima que entre 1,5 mil e 2 mil pessoas devam comparecer ao ato. "O padre Beto é muito querido, não só por seu comportamento exemplar de tratar todas as pessoas sem preconceito, mas também pelos trabalhos sociais que ele realiza."

A Diocese de Bauru disse que o bispo d. Caetano Ferrari não comentaria as declarações do padre Beto sobre semelhança do ato de excomunhão da Igreja com as posições do deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), conhecido por suas declarações de preconceito contra homossexuais e negros. Segundo a assessoria da Diocese, o bispo está proibido de fazer comentários sobre o assunto por causa do sigilo imposto pelo processo de demissão do estado clerical que a Igreja move contra padre Beto.

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