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Munidos de panelas e colheres, cerca de 20 moradores de Ipanema realizaram na manhã desta segunda-feira um protesto na Praça Nossa Senhora da Paz, contra as obras da estação do metro no subterrâneo da praça. Assim como já ocorreu na Praça Nossa Senhora da Paz, o Jardim de Alah e a Praça Antero de Quental começam a receber canteiros de obras do metrô a partir desta segunda. Ignez Barretto, coordenador do Projeto de Segurança de Ipanema, diz que os moradores não são contra a obra, mas que gostariam que o governo do estado escutasse a sugestão da comunidade, e modificasse o método que utilizará para abrir o solo da praça.

"Estamos pedindo que não utilizem o método vala aberta para construir a estação. Dessa forma, todas as árvores e o monumento terão que ser retirados para só depois retornarem. Assim, as árvores centenárias não resistirão. Estamos propondo que se faça obra subterrânea, método usado no mundo inteiro. Chegamos a reservar espaço na igreja para o debate, mas o governo nem apareceu para conversar", disse ela.

De acordo com Ignez, moradores entraram há três semanas com ação cautelar de produção antecipada de provas no Tribunal de Justiça, que da prazo máximo de 90 dias para o governo explicar por que está fazendo a obra dessa forma e não aceitou a proposta dos moradores.

Ignez diz que o juiz deverá designar perito para avaliar a obra. "Dessa forma vamos ter pelo menos um parâmetro de quem está certo. A ação já foi distribuída e hoje estamos pagando as custas".

Além de querer mudar o método da obra, os moradores sugerem que o acesso à estação não seja feito pela praça, conforme a obra já iniciada.

"Serão 40 mil pessoas passando diariamente aqui. Isso significa trânsito na praça, que é usada por crianças e idosos".

Paralelo ao movimento, os moradores recolheram assinatura para a preservação da praça. Segundo os organizadores, ao todo, já são 20 mil nomes.

De acordo com a prefeitura, a instalação dos canteiros de obras será gradual. Nas duas praças, serão mantidas áreas de lazer. O canteiro da Antero de Quintal levará uma semana para ser instalado, e 62% da praça ficarão livres. A segunda fase deixará liberados 26% dela.

Começam em novembro as mudanças no trânsito do Leblon para a construção das estações Jardim de Alah e Antero de Quental. Gradativamente, serão fechados ao tráfego de veículos dois trechos da Avenida Ataulfo de Paiva, entre as avenidas Borges de Medeiros e Afrânio de Melo Franco, e entre a Rua General Urquiza e a Avenida Bartolomeu Mitre.

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