Os alagamentos estão longe de ser “exclusividade” de quem vive em áreas periféricas, próximas a leito de rios. Anos após anos expostos às enchentes, moradores e empresários que mantém pontos comerciais na Rua Almirante Gonçalves, no bairro Rebouças, recorreram a um recurso engenhoso para conter a água das chuvas.
Eles instalaram barreiras de aço nas portas e portões, como forma de evitar que as águas pluviais alaguem as residências ou as lojas. No trecho entre a Rua Desembargador Westphalen e a Avenida Marechal Floriano Peixoto, todos os imóveis estão equipados com as placas de contenção.
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Leia a matéria completa“Há 17 anos, nós convivemos com os alagamentos. Chegam a se formar ondas. Se não for isso [as barreiras de aço], a água entra pra dentro da casa da gente. Aqui é a ‘Rua das Comportas’”, disse Divanir Gonçalves, que há 60 anos mora na Almirante Gonçalves.
Empresário grava imagem de alagamentos no Rebouças
Segundo moradores, a Rua Almirante Gonçalves, no Rebouças, convive com alagamentos há 17 anos. O volume de água é tanto que carros chegam a boiar e ser arrastados pela correnteza. O empresário Thiago Jachelli gravou imagens de alagamentos registrados neste ano.
+ VÍDEOSA geografia contribui para os alagamentos. Este trecho da rua fica ao fundo de um declive e, quando chove, as águas pluviais de ruas vizinhas escoam até ali.
Mesmo as bocas-de-lobo implantadas recentemente pela prefeitura não conseguem dar vazão total ao fluxo. Imagens gravadas pelos sócios Carlyle Sguassabia e Thiago Jachelli, que têm uma loja de game, mostram que carros chegam a boiar e são arrastados pela enxurrada.
As chapas de aço instaladas na porta da loja têm 1,20m de altura. Segundo os empresários, o nível da água chega perto de atingir o lime das comportas improvisadas. “Depois que a água chega no meio-fio, nós paramos tudo o que estamos fazendo, porque em questão de minutos alaga tudo e chega a passar de um metro”, aponta Sguassabia.
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