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Casa na Rua Almirante Gonçalves, que possui o sistema para controlas as cheias. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Casa na Rua Almirante Gonçalves, que possui o sistema para controlas as cheias.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Os alagamentos estão longe de ser “exclusividade” de quem vive em áreas periféricas, próximas a leito de rios. Anos após anos expostos às enchentes, moradores e empresários que mantém pontos comerciais na Rua Almirante Gonçalves, no bairro Rebouças, recorreram a um recurso engenhoso para conter a água das chuvas.

Eles instalaram barreiras de aço nas portas e portões, como forma de evitar que as águas pluviais alaguem as residências ou as lojas. No trecho entre a Rua Desembargador Westphalen e a Avenida Marechal Floriano Peixoto, todos os imóveis estão equipados com as placas de contenção.

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“Há 17 anos, nós convivemos com os alagamentos. Chegam a se formar ondas. Se não for isso [as barreiras de aço], a água entra pra dentro da casa da gente. Aqui é a ‘Rua das Comportas’”, disse Divanir Gonçalves, que há 60 anos mora na Almirante Gonçalves.

Empresário grava imagem de alagamentos no Rebouças

Segundo moradores, a Rua Almirante Gonçalves, no Rebouças, convive com alagamentos há 17 anos. O volume de água é tanto que carros chegam a boiar e ser arrastados pela correnteza. O empresário Thiago Jachelli gravou imagens de alagamentos registrados neste ano.

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A geografia contribui para os alagamentos. Este trecho da rua fica ao fundo de um declive e, quando chove, as águas pluviais de ruas vizinhas escoam até ali.

Mesmo as bocas-de-lobo implantadas recentemente pela prefeitura não conseguem dar vazão total ao fluxo. Imagens gravadas pelos sócios Carlyle Sguassabia e Thiago Jachelli, que têm uma loja de game, mostram que carros chegam a boiar e são arrastados pela enxurrada.

As chapas de aço instaladas na porta da loja têm 1,20m de altura. Segundo os empresários, o nível da água chega perto de atingir o lime das comportas improvisadas. “Depois que a água chega no meio-fio, nós paramos tudo o que estamos fazendo, porque em questão de minutos alaga tudo e chega a passar de um metro”, aponta Sguassabia.

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