Casa na Rua Almirante Gonçalves, que possui o sistema para controlas as cheias.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Os alagamentos estão longe de ser “exclusividade” de quem vive em áreas periféricas, próximas a leito de rios. Anos após anos expostos às enchentes, moradores e empresários que mantém pontos comerciais na Rua Almirante Gonçalves, no bairro Rebouças, recorreram a um recurso engenhoso para conter a água das chuvas.

CARREGANDO :)

Eles instalaram barreiras de aço nas portas e portões, como forma de evitar que as águas pluviais alaguem as residências ou as lojas. No trecho entre a Rua Desembargador Westphalen e a Avenida Marechal Floriano Peixoto, todos os imóveis estão equipados com as placas de contenção.

Obras contra cheias em Curitiba estão ameaçadas por falta de verba federal

Das 44 intervenções previstas, apenas quatro estão em execução. Só 17% do montante financeiro previsto foi efetivamente liberado

Leia a matéria completa
Publicidade

“Há 17 anos, nós convivemos com os alagamentos. Chegam a se formar ondas. Se não for isso [as barreiras de aço], a água entra pra dentro da casa da gente. Aqui é a ‘Rua das Comportas’”, disse Divanir Gonçalves, que há 60 anos mora na Almirante Gonçalves.

A geografia contribui para os alagamentos. Este trecho da rua fica ao fundo de um declive e, quando chove, as águas pluviais de ruas vizinhas escoam até ali.

Mesmo as bocas-de-lobo implantadas recentemente pela prefeitura não conseguem dar vazão total ao fluxo. Imagens gravadas pelos sócios Carlyle Sguassabia e Thiago Jachelli, que têm uma loja de game, mostram que carros chegam a boiar e são arrastados pela enxurrada.

As chapas de aço instaladas na porta da loja têm 1,20m de altura. Segundo os empresários, o nível da água chega perto de atingir o lime das comportas improvisadas. “Depois que a água chega no meio-fio, nós paramos tudo o que estamos fazendo, porque em questão de minutos alaga tudo e chega a passar de um metro”, aponta Sguassabia.

Publicidade