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Uma abordagem policial transformou a esquina das ruas David Tows e Paulo Mass, no Sítio Cercado, em Curitiba, em uma praça de guerra na noite de domingo. Pontapés, pedradas e disparos de bala de borracha acirraram o conflito, que envolveu cinco viaturas da Polícia Militar e dezenas de pessoas.

Os moradores acusam os policiais da Ronda Tático Motorizada (Rotam) de agressão e abuso de autoridade. Já a PM garante que foi acuada e teve de se defender ao atender uma ocorrência de perturbação do sossego num bar. Seis pessoas foram detidas e pelo menos cinco pessoas feridas.

Três rapazes com sinais de espancamento foram ao Instituto Médico Legal (IML) ontem à tarde fazer exame de corpo de delito. Um homem atingido por bala de borracha na cabeça e uma garota de 14 anos que teria levado um chute na perna também fizeram o exame.

"Os policiais dispararam contra a multidão a esmo", relata o mecânico Silas Santos, 45 anos, preso por desacato ao defender o filho, um dos mais agredidos. Já a autônoma Sidnéia Maria de Carvalho ficou desesperada quando a filha entrou em casa correndo. "Ela chegou mancando dizendo que tinha apanhado da polícia."

Os detidos assinaram termo circunstanciado por desacato e resistência à prisão. Segundo o sargento João Szczpanski, que participou da ação, não houve excesso. "Desde a chegada da primeira viatura houve desacato e foi preciso chamar reforço. Na abordagem, alguém conseguiu derrubar um policial e aquilo inflamou a massa. Fizemos as prisões necessárias", explica. Os moradores prometem um protesto para esta terça-feira.

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