Moradores do Umbará culpam sinalização precária por acidentes

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Após uma semana marcada por atropelamentos, protestos e mortes, a reportagem do telejornal ParanáTV 1ª edição, da RPC TV, esteve no bairro Umbará para verificar com os moradores da Rua Nicola Pelanda porque estão ocorrendo diversos acidentes no local. A principal reclamação é da sinalização precária na rua.

Com nove quilômetros de extensão e três escolas na região, estudantes precisam redobrar a atenção todos os dias para atravessar a Rua Nicola Pelanda. As crianças reclamam da falta de respeito dos motoristas que não respeitam os pedestres e cruzam a rua em alta velocidade. Só neste ano, já foram registrados 14 acidentes na rua.

A moradora Valéria Burbelo reclama que não há semáforos no bairro e argumenta que a Rua Nicola Pelanda precisa de redutores de velocidade porque recebe um fluxo grande de veículos vindos da BR-116. A Prefeitura de Curitiba explicou que as autoridades de trânsito do município não avaliam como necessária a instalação de um semáforo na rua, porque o principal problema é o excesso de velocidade. Duas novas lombadas devem ser instaladas em breve no local.Novos protestos

Os moradores do bairro prometeram novos protestos para esta semana caso as reivindicações não sejam atendidas. Eles exigem a instalação de redutores de velocidade e um semáforo no cruzamento das ruas Nicola Pelanda e Miguel Ângelo Pelanda. Na última quinta-feira (12), três pessoas foram atropeladas no local. Uma delas morreu na hora. Os moradores iniciaram um protesto que terminou em tragédia depois que um motorista, revoltado com o bloqueio da rua, matou um dos manifestantes.

A primeira manifestação da quinta-feira começou por volta das 15 horas, para protestar contra o atropelamento de um menino de 11 anos. Eduardo Padilha Ramos foi levado em estado grave para o Hospital do Trabalhador. Às 16h desta segunda-feira (16), ele permanecia internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com fraturas e escoriações. Os moradores queimaram pneus e interditaram a via, que só foi liberada às 16h30.

No final da tarde, Maria do Rosário Melo, de 56 anos, e a neta também foram atropeladas. De acordo com a PM, a mulher foi atingida pelo retrovisor de um veículo e se desequilibrou, sendo atropelada por um carro que veio na sequência. A mulher morreu na hora e a criança, de 7 anos, sofreu ferimentos leves. Uma nova manifestação ocorreu no início da noite. Um motorista que trafegava pelo local se irritou por ter a passagem bloqueada e o veículo apedrejado, discutiu com os moradores e atirou contra um manifestante. Luiz Cleverson de Andrade, de 28 anos, morreu na hora. O autor do disparo fugiu.