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As cerca de 700 pessoas que vivem na Vila 1.° de Setembro, em Curitiba, precisam caminhar um quilômetro para chegar ao ponto de ônibus, na Estrada Delegado Bruno de Almeida, a principal via do bairro Caximba. O trajeto é feito em uma rua de saibro, que na semana passada virou um lamaçal em função dos dias seguidos de chuva.

"Não dá para sair de roupa branca", diz o músico Hugo Rogério, 19 anos, que toca em uma igreja evangélica do loteamento. "Dá pena ver eles andando todo aquele trecho", opina o comerciante Antônio Biasin, 51 anos, que tem um bar no ponto final do Caximba/Olaria, linha utilizada pelos moradores da vila.

O ônibus passa a cada 40 minutos e faz o transporte até o Terminal do Pinheirinho. Há uma alternativa, mais próxima, mas que exige a travessia de um carreiro de 200 metros dentro de uma área particular.

O acesso leva à Rua Francisca Beralde Paolini, que faz a ligação do bairro com a cidade de Araucária, por onde passa a linha Integrar Tupi, mantida pela prefeitura da cidade vizinha. Mas o uso do carreiro desagrada o proprietário da área. "A prefeitura podia trazer o ônibus para dentro da vila. É um desvio pequeno que beneficiaria muita gente", sugere o ex-porteiro e voluntário da igreja, Santo Cardoso dos Santos, 52 anos.

Procurada pela reportagem, a Urbs informou que as linhas de ônibus existentes no bairro atendem à demanda atual (são 4 mil moradores segundo o Conselho Local de Saúde) e a implantação de novas linhas (independentemente da licitação) ou mudança de itinerários dependem de estudos técnicos.

"Temos de ver a densidade demográfica, a infra-estrutura da região e também se o desenvolvimento da área deve ou não ser incentivado de acordo com o planejamento do município", explica o gerente de operações da Urbs, Luiz Filla. No caso específico da Vila 1.° de setembro, há um impedimento legal: o loteamento é irregular aos olhos da prefeitura. Mesmo assim, a Urbs prometeu enviar uma equipe ao bairro para verificar a necessidade de mudanças. (SLD)

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