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A queda-de-braço entre a comunidade simpática à "Rádio Corneta", serviço de avisos e informes transmitidos pelos alto-falantes da igreja da Barreirinha, e o Ministério Público (MP), que representa moradores que reclamam do barulho, continua beneficiando os defensores do silêncio. Nesta terça-feira, cerca de 100 pessoas participaram de uma manifestação pedindo a reabertura da rádio, que deixou de funcionar em fevereiro, mas não houve acordo com o MP.

A Rádio Corneta foi embargada pela prefeitura e multada em R$ 2,5 mil em 2004. No mesmo ano, com base em uma denúncia feita pelo morador Bernardino Siqueira, o MP entrou com uma ação contra o pároco Leocádio Zytkowski, diretor informal da rádio, alegando que o sistema extrapolava o limite de emissão sonora na região determinado por lei municipal: até 65 decibéis para culto religioso no período diurno e vespertino, e entre 50 e 55 decibéis na área externa, das 7 às 22 horas. "Na medição que fizeram para o auto de infração, o nível de ruído foi de 67,1 decibéis, um pouco acima do permitido para templos religiosos", contou o padre Leocádio, que ontem liderou uma caravana de quatro ônibus com moradores da Barreirinha a favor do sistema.

O objetivo da manifestação, em frente ao Fórum Cível, era pressionar por uma decisão favorável à paróquia em audiência realizada na 9.ª Vara Cível, onde corre a ação. Mas o MP recusou o acordo sugerido pelos advogados do padre, de pôr a rádio em operação dentro dos limites estabelecidos pela lei. A juíza Denise Antunes deu 15 dias para os advogados da paróquia juntarem provas para um novo recurso. Enquanto isso, os alto-falantes da igreja continuam em silêncio.

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