Três ônibus e três carros foram incendiados na tarde deste sábado durante protesto de moradores do bairro Caramujo, em Niterói, na região metropolitana do Rio, contra a morte de Anderson Luiz Santos da Silva, de 21 anos, baleado na cabeça na madrugada de sexta-feira.
Os manifestantes acusam policiais militares de terem matado o rapaz. A Polícia Militar (PM) nega envolvimento no crime. A Polícia Civil registrou a morte como provocada por bala perdida, disparada durante confronto entre traficantes de drogas e policiais militares. As armas dos PMs envolvidos no tiroteio foram apreendidas para a realização de perícia.
Anderson, que trabalhava como eletricista, foi baleado quando deixava a Igreja Nossa Senhora de Nazareth, onde participara de uma vigília de Páscoa. A irmã dele, de 9 anos, também foi baleada, mas não corre risco de morrer.
Além de queimar os veículos, os manifestantes interditaram a rodovia Amaral (um dos acessos à Região dos Lagos) Peixoto, na altura do Caramujo, e a alameda São Boaventura, umas das principais vias de Niterói.
O protesto começou depois do sepultamento de Anderson, ocorrido nesta manhã no cemitério do Maruí, em Niterói.
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