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Cerca de 500 moradores da região Oeste protestaram na tarde deste sábado (29) contra o preço abusivo do pedágio. Os manifestantes concentraram-se na praça de São Miguel do Iguaçu, onde a tarifa custa R$ 10,80, uma das mais caras do país.

Os manifestantes chegaram ao local por volta das 14h. Pressionados, funcionários da concessionária Ecocataratas deixaram as cabines e o pedágio deixou de ser cobrado até as 16h. Os motoristas que passavam pela praça buzinavam e faziam sinais que aprovavam o movimento. Uma caravana partiu de Foz do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu. À frente dos veículos, havia um grupo de pelo menos 50 pessoas que saiu a pé de Santa Terezinha de Itaipu e andou cerca de quatro quilômetros até o pedágio para engrossar o protesto.

"É o começo. Não aguentamos pagar este valor. Na Argentina o pedágio custa P$ 3,20 (R$ 1,28) em uma rodovia até melhor que esta", diz o morador de São Miguel do Iguaçu, Rogério Luiz Arno.

Além do preço do pedágio, os moradores cobraram a duplicação da BR-277, entre Matelândia e Cascavel. Palco de inúmeros acidentes graves, a rodovia é duplicada apenas entre Foz do Iguaçu e Matelândia. "O preço é exorbitante e esta rodovia já deveria estar toda duplicada", diz o advogado Dailor Anovi, 63 anos. Morador de Cascavel, ele diz que desembolsa R$ 19,00 ao dia para ir até Santa Terezinha de Itaipu, onde tem um escritório.

Anunciado em uma rede social há mais de 15 dias, o protesto foi acompanhado por um forte aparato policial. Pelo menos 17 viaturas do Batalhão de Fronteira, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança e Polícia Militar estavam estacionadas nas laterais da BR-277. Agentes da tropa de choque ficaram a postos para evitar tumultos e depredações. Ao final da manifestação, os moradores saudaram os policiais presentes com palmas e cantaram o hino nacional.

Liminar

Já informada sobre o protesto, a Ecocataratas entrou com pedido de interdito proibitório na justiça para impedir o protesto em qualquer praça situada nos 387 quilômetros entre Foz do Iguaçu e Guarapuava. A solicitação foi negada, mas a justiça determinou que os manifestantes não interrompessem o trânsito ou impedissem a cobrança da tarifa.

A concessionária informou que ainda não decidiu quais medidas serão tomadas e não tem o balanço do prejuízo.

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