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Um morcego morto contaminado com o vírus da raiva, encontrado no Bairro Alto, em Curitiba, fez a Secretaria Municipal de Saúde promover a imunização de cães e gatos em 2,4 mil domicílios e das ruas de 81 quadras da região próxima ao Colégio Madalena Sofia. A vacinação termina hoje. O caso de raiva foi confirmado na quinta-feira da semana passada, por um laudo emitido pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).

A coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV), Regina Untime, explica que a conduta é orientada pelo Ministério da Saúde e serve para proteger quem possa ter tido contato com animais contaminados, uma vez que a transmissão se dá pelo contato com a saliva ou sangue da pessoa ou animal infectado. "Inicialmente a previsão era de vacinar cães e gatos num raio de 500 metros da área onde o morcego foi encontrado. Mas decidimos ampliar para 600 metros", diz.

Regina explica que apesar de o morcego encontrado se alimentar exclusivamente de frutas, a contaminação poderia ocorrer pelo simples contato com o pêlo do animal, que tem o costume de se lamber. "O vírus é transmitido pela saliva e o contágio pode ocorrer no contato do pêlo com lesões", ressalta.

A coordenadora ainda afirma que a medida é preventiva, mas ressalta que a melhor forma de evitar a doença ainda é a vacinação anti-rábica de cães e gatos, que deve ser feita uma vez por ano. "As pessoas estão esquecendo de vacinar seus animais." A prefeitura de Curitiba oferece a vacina gratuitamente.

A raiva é uma doença infecciosa fatal que afeta homens e animais. A contaminação pode se dar por meio de meio de mordida, arranhadura ou lambedura, principalmente de cães, gatos, morcegos, raposas, coiotes e macacos. Em Curitiba a doença está controlada desde 1975. O último registro em animais aconteceu em 2004, no Umbará, com a contaminação de cavalos, vacas e porcos. Em cão, o último caso foi em 1981.

Serviço – CCZV, Rua Canal do Rio Belém, 3, Guabirotuba. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas.

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