Morreu, por volta das 14 horas desta terça-feira (20), o acrobata Wilson Gomes, de 28 anos. Ele estava internado em estado gravíssimo desde o último domingo (18) no Hospital Evangélico, após sofrer um acidente durante uma apresentação do Circo Tihany em Londrina.
De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Evangélico, o acrobata teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Por volta das 15h30 a família autorizou que os órgãos do acrobata fossem doados. Para que a doação seja feita o mais rápido possível, uma comissão médica avalia se algum órgão foi comprometido pela parada cardiorrespiratória. Ainda não se sabe se o corpo será levado ao Rio de Janeiro, onde Gomes morava.
O acrobata sofreu traumatismo craniano após ter caído de uma altura de cerca de 10 metros durante o número chamado Hamaca Russa - em português, A Maca Russa. No número, uma espécie de balanço lança os acrobatas ao ar. Ao executá-lo, Gomes acabou caindo fora dos aparatos que resguardam a queda dos artistas.
Wilson Gomes integrava a trupe do Circo Tihany há cerca de oito meses. O acrobata era formado pela Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro, local onde se formaram artistas que integram companhias como o Cirque Du Soleil.
Nesta terça-feira (20), a apresentação do Circo Tihany, marcada para as 20 horas, foi cancelada. O circo está instalado em frente ao Catuaí Shopping.
Fatalidade
Em entrevista coletiva na segunda-feira (19), o diretor-executivo do Circo Tihany, Richard Massone, definiu a queda do brasileiro Wilson Gomes, de 28 anos, como uma fatalidade. "Não acreditamos que seja imprudência nossa ou do artista."
Segundo ele, o acidente durante a temporada londrinense foi o primeiro considerado grave nos 22 anos de exibição do Hamaca Russa. Massone informou que as causas da queda ainda estavam sendo apuradas, mas explicou que duas redes de proteção e dois colchões de alta densidade estavam à disposição dos 14 acrobatas que participavam da apresentação.
"Seguimos todas as normas de segurança e disponibilizamos até mais aparelhos do que o necessário. Posso garantir que nenhuma rede rasgou, ou algum aparelho se rompeu. Neste momento, o que podemos pensar é que o acidente possa ter acontecido por uma falha, uma falta de atenção."
O diretor explicou que, neste número, os artistas saltam em um ângulo que varia de 45 a 70 graus, portanto, em uma linha diagonal, em direção à uma rede de proteção. "Mas, pela primeira vez, um acrobata saltou em um ângulo diferente, quase reto. Talvez ele tenha soltado as mãos antes da hora, não sei. Vamos apurar."



