Encalhada desde segunda-feira (25) na praia de Geribá, em Búzios, litoral do Rio de Janeiro, a baleia jubarte de cerca de 12 metros e 25 toneladas morreu por volta de 0h30 desta quarta (27), informou o Instituto Baleia Jubarte, que vinha acompanhando a tentativa de salvamento do animal.
Segundo o veterinário Milton Marcondes, diretor de pesquisa do instituto, a baleia entrou em choque, seguido por uma convulsão e morreu no início da madrugada, frustrando a operação do Corpo de Bombeiros, que pretendia devolver o animal ao mar nas primeiras horas da manhã desta quarta.
"Quando a maré baixou que ele ficou inteirinho no seco, a respiração dele ficou muito mais comprometida. Ele já estava com os órgãos sendo comprimidos desde o começo do encalhe, na segunda-feira, e ele acabou entrando em convulsão e vindo a óbito por volta da meia-noite e meia", explicou Marcondes.
O veterinário informou ainda que analisa agora com as autoridades ambientais da cidade a melhor forma de remover a baleia da praia. "Não é uma operação simples. É preciso conhecer quais os equipamentos que a cidade dispõe para se tomar uma posição. O ideal seria levar enterrar o animal em um aterro. Mas é preciso definir se vamos remover a beila inteira ou em pedaços", afirmou Marcondes.
Um rebocador cedido pela Petrobras chegou à praia na tarde desta terça-feira (26) e seria usado na operação de resgate. De acordo com informações dos bombeiros do município, a embarcação estava a 1,6 mil metros da praia e pronto para iniciar o desencalhe. O animal, que estava amarrado por cordas e posicionado de frente para o mar, seria puxado assim que a maré subisse durante a madrugada.
Cerca de 300 pessoas acompanharam o trabalho dos bombeiros, entre moradores da região e turistas. Apesar da chuva e do frio, voluntários passaram a madrugada desta terça acampados na praia, para monitorar as condições do animal. "Quando a maré secou muito, a baleia ficou ressecada. A gente teve que ficar se revezando para lançar água com baldes. Foi o suficiente para mantê-la viva", contou o voluntário Raoni Lemos.
De acordo com biólogos, o animal estaria voltando do Nordeste brasileiro, rumo à região da Antártida, depois do ciclo reprodutivo. Em cerca de dez horas, foram pelo menos cinco tentativas de resgate, sem sucesso.
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